Um anseio legítimo – a morte para o cristão

Embora, de fato, todo cristão, deva lutar pela preservação da vida, isso não quer dizer que ele não possa desejar partir e estar com Cristo. O apóstolo Paulo é um exemplo disso.

A sua vida foi marcada por grande sofrimento em favor do Evangelho (1Co 11.16-33). Ele estava preso quando escreveu aos filipenses e, ao que parece, percebia que o final de sua carreira se aproximava.

É possível que ele estivesse se sentindo cansado, desejando que o fim logo chegasse para que pudesse descansar. O apóstolo não estava pensando somente em si mesmo, visto que declara estar constrangido e dividido, pois, de um lado, desejava partir e estar com Cristo, o que era incomparavelmente melhor, mas de outro, desejava permanecer para auxiliar seus irmãos.

Paulo diz que para ele o viver é Cristo e o morrer é lucro. Isso é verdade para todo crente. A morte, para todo crente, deixa de ser um inimigo, pois Cristo, por meio de sua morte e ressurreição, destruiu o poder da morte. Para o crente, morrer é lucro, pois implica em descansar na presença do Salvador.

As Escrituras falam da morte do crente de um modo bastante consolados. Hendriksen destaca que:

A morte do crente é ‘agradável aos olhos do Senhor’ (Sl 116.15);
É ‘ser levado pelos anjos para o seio de Abraão’ (Lc 23.43);
É ‘habitar na casa de muitas moradas’ (Jo 14.2);
É ‘uma bem aventurada partida’ (Fp 1.23; 2 Tm 4.6);
É ‘estar presente com o Senhor’ (2 Co 5.8);
É ‘lucro’ (Fp 1.23);
É algo ‘muitíssimo melhor’ (Fp 1.23);
É ‘dormir no Senhor’ (Jo 11.11; 1 Ts 4.13)”.

Considerando as propriedades benfazejas da morte para o crente, não é errado o crente desejar fazer parte do rol de membros da igreja triunfante. Esse é um desejo legítimo.

 Fonte: Revista “Nossa Fé” A Igreja e o Mundo, fls47 ECC.
Autor: Valdemar Alves da Silva Filho
FONTE SECUNDÁRIA: http://reformandome.blogspot.com.br/