Não hipoteque o Futuro – Martyn Lloyd-Jones

01:30
Não hipoteque o Futuro – Martyn Lloyd-Jones (1899-1981)

(Jesus) pergunta.   .  . Por que te deixas encher de preocupações quanto ao futuro? «O amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal». Se o presente já é ruim como é, por que ir ao encontro do futuro? Ir avante dia a dia já é por si e de si o bastante; contenta-te com isso.  .  .

Preocupar-se com o futuro é, pois, completamente fútil e inútil; não realiza coisa alguma. . . a preocupação nunca tem qualquer valor, em absoluto. Isto se vê com especial clareza quando te dispões a encarar o futuro. À parte de qualquer coisa mais, é puro desperdício de energia, porque, por mais que te preocupes, nada poderás fazer a respeito. Em todo caso, as catástrofes ameaçadoras são imaginárias; não há certeza de que sobrevenham, e bem pode ser que jamais aconteçam.

Mas acima de tudo, diz o Senhor, não vês que. . . ao te preocupares assim com o futuro, no presente, hipotecas o futuro? Deveras, o resultado da preocupação com o futuro é que te acabas lesando no presente; diminues a tua eficiência no que diz respeito ao dia de hoje. . . a preocupação é algo que se deve a uma compreensão completamente errônea da natureza da vida no mundo presente. . . Ao homem compete trabalhar e enfrentar provações e lutas. . .

A grande questão é: Como enfrentá-las? De acordo com o Senhor, a coisa de vital importância não é passar cada dia da vida fazendo a soma do grande total de tudo que provavelmente lhe venha a suceder em todo o transcurso da vida na terra. Se o fizer, ficará esmagado. A solução não é essa. Ao contrário, esta deve ser entendida em termos como estes: Há, por assim dizer, uma quota diária de problemas e dificuldades da vida.

Cada dia tem os seus problemas; alguns são constantes, dia vem, dia vai; outros variam. Mas a coisa importante é entender que cada dia deve ser vivido em si e de si. . . Eis a quota de hoje. Muito bem; encaremo-la e enfrentemo-la; e Ele já nos ensinou como fazê-lo.

Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 149,50.
FONTE: http://www.martynlloyd-jones.com