Vinde - J.C.Ryle


VINDE
Tratado escrito por J.C.Ryle
1º Bispo da Diocese Anglicana de Liverpool, Inglaterra
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.  Mateus 11: 28.
Leitor,
  
O título desse tratado é curto, mas o assunto que desdobra é de grande importância. É a primeira palavra de um texto das Escrituras que merece ser escrito com letras de ouro. Ofereço esse texto como um convite de amigo, peço que você olhe para ele e pondere, porque pode vir a salvar sua alma!
  
Nossos anos estão passando rápido e à medida que cada época do ano vai chegando, ouvimos falar sobre reuniões e convites: páscoa, semana de Pentecostes, festa de São Miguel e Natal são momentos em que as pessoas convidam seus amigos a virem às suas casas. Mas há um convite que exige nossa atenção durante todos os dias do ano, esse convite eu lhe trago hoje. Talvez seja diferente de todos os que você já recebeu, mas é de importância inexplicável, porque diz respeito à felicidade eterna de sua alma.
  
Leitor, não se assuste quando ler essas palavras. Não quero estragar seus prazeres, precavendo-se sempre de que seus prazeres não estejam misturados com o pecado. Sei que há tempo para rir e tempo para chorar, mas quero que você seja cuidadoso, tanto quanto feliz; que seja ponderado, tanto quanto jovial. Alguns, que há um ano estavam vivos, perderam a semana de Pentecostes; tem aqueles também que todo ano se reúnem em volta da lareira no Natal mas que daqui a um ano, estarão deitados em suas covas.
  
Leitor, quanto tempo você tem de vida? Você estará vivo na próxima semana de Pentecostes ou no Natal? Mais uma vez peço para que escute o convite que lhe trago hoje, tenho uma mensagem do meu Mestre para você.  Ele diz, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.
  
Os quatro pontos abaixo serão tratados no texto, e a eles peço que volte sua atenção, tendo em vista que em cada um desses pontos, tenho algo a dizer.
    
I. Primeiro.  Quem é o Orador desse convite?
II.  Segundo.  A quem este convite foi endereçado?
III.  Terceiro. O que o Orador pede para que você faça?
IV.  Último. O que o Orador oferece?
  
Que o Espírito Santo abençoe a leitura desse tratado para seu benefício eterno. Que esse dia seja um dia especial a ser lembrado na história da sua alma!
  
I. Em primeiro lugar,  quem é o Orador do convite que encabeça esse tratado? Quem é esse que convida de forma tão sincera e oferece em grande medida? Quem é esse que diz à sua consciência, hoje, “Venha, venha até mim”?
  
Leitor, você tem direito a fazer essas perguntas; você vive num mundo mentiroso, a terra está cheia de fraudes, falsidades, decepções, imposições e hipocrisias. O valor de uma nota promissória depende inteiramente do nome assinado no final. Quando você escuta de um Promissor poderoso, você tem o direito de perguntar "quem é esse?" ou "como ele se chama?".
  
O Orador do convite à sua frente é o melhor amigo que o homem já teve, é o Senhor Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus.
Ele é o  Onipotente. Ele é Deus, o Companheiro do Pai e seu igual, através Dele, todas as coisas foram feitas. Nas Suas mãos estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento; Ele tem todo o poder no
céu e na terra, toda a plenitude habita Nele. Ele tem as chaves para a morte e o inferno, agora é o Mediador entre Deus e o homem e um dia ele será o Juiz e Rei de toda a terra. Leitor, quando alguém como Ele fala, você pode confiar. O que Ele promete, Ele cumpre.

  
Ele é  extremamente amoroso. Ele nos amou a ponto de deixar o céu por nossa causa, deixando de lado por um tempo, a glória que Ele tinha com o Pai. Ele nos amou a ponto de nascer de uma mulher e viver por trinta e três anos nesse mundo pecaminoso. Ele nos amou a ponto de encarregar-se de pagar nossa dívida para com Deus, morrendo na cruz para remissão de nossos pecados. Leitor, quando alguém como Ele fala, merece ser escutado. Quando Ele promete algo, você não precisa pensar se deve ou não confiar.
  
Ele é aquele que  conhece o coração do homem completamente. Ele se fez carne como nós e transformou-se em homem por completo, à exceção dos pecados. Por experiência, Ele sabe por aquilo que o homem
passa. Ele provou da pobreza, do cansaço, da fome, da sede, da dor e da tentação. Ele está familiarizado com todas as condições terrenas, Ele mesmo sofreu ao ser tentado. Leitor, quando alguém como Ele faz
uma oferta, Ele a faz com perfeita sabedoria. Ele sabe exatamente o que nós precisamos.
  
Ele é aquele que nunca quebra sua palavra. Ele sempre cumpre Sua promessa, nunca falha em fazer o que se compromete e não desaponta a alma que confia Nele. Entretanto, por mais poderoso que seja, há algo que Ele não pode fazer: é impossível que Ele minta. Leitor, quando Ele faz uma promessa, você não precisa ter dúvida alguma de que Ele a cumprirá. Você pode depender confiantemente na Sua palavra.
  
Agora, leitor, você sabe quem envia o convite que está à sua frente: é o Senhor Jesus Cristo. Dê a Ele o crédito devido a Seu Nome, concedalhe um ouvido imparcial. Acredite que a promessa de Sua boca merece toda sua atenção, cuide para que você não recuse Aquele que fala. Está escrito, “porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus” (Hb 12: 25).
  
II.  Mostrar-lhe-ei, em segundo lugar, a quem este convite foi adereçado.
  
O Senhor Jesus se dirige a todos os que estão “cansados e oprimidos.” Essa declaração é profundamente confortante e instrutiva; é vasta, arrebatadora e compreensiva e descreve o alívio de milhares de pessoas em todas as partes do mundo.
  
Onde estão os cansados e oprimidos? Eles estão em todo lugar e são tantos, que o homem nem sequer consegue contar; eles são encontrados em todos os climas e países. Moram na Europa, Ásia, África e
América, eles moram nas barragens do Sena, assim como nas do Tamisa, pelos aterros do Mississipi, assim como nos do Níger. Eles abundam em repúblicas e em monarquias, debaixo de governos liberais e déspotas. Em todo lugar você encontrará problema, preocupação, sofrimento, ansiedade, murmúrio, descontentamento e abatimento. O que isso significa? Onde tudo isso chega? Os  homens estão
“cansados e oprimidos”.
  
A qual classe os cansados e oprimidos pertencem? Eles pertencem a todas as classes, sem exceção. Eles são encontrados entre senhores e serventes; ricos e pobres; reis e vassalos; instruídos e ignorantes. Em toda classe você encontrará problema, preocupação, sofrimento, ansiedade, murmúrio, descontentamento e abatimento. O que isso significa? Onde tudo isso chega? Homens estão “cansados e oprimidos”.

Leitor, como devemos explicar isso? Qual é a causa dessas situações que acabei de descrever? Será que Deus criou o homem no princípio para ser infeliz? Claro que não! Devemos culpar governos humanos pela infelicidade do homem? Quando muito, bem ligeiramente. A culpa está muito bem escondida para ser alcançada por leis humanas.
Existe outro motivo, motivo tal que muitos, infelizmente, recusam-se a enxergar, e ele se chama pecado.
  
Leitor, pecado e afastamento de Deus são as verdadeiras razões pelas quais homens, em todos os lugares, estão cansados e oprimidos. O pecado é a doença universal que afeta toda a terra. O pecado trouxe espinhos e cardos no início e obrigou o homem a ganhar seu pão pelo suor de seu rosto. O pecado é a razão pela qual toda a criação suspira e geme de dor e as fundações da terra saíram do rumo. O pecado é a
causa de toda a opressão que agora pressiona a humanidade. Muitos homens não sabem, e tentam em vão explicar os estado do que acontece ao seu redor. Entretanto, o pecado é a raiz e a fundação de todo esse sofrimento, por mais soberbo que seja o pensamento humano.
Quantos homens devem odiar o pecado!
   
Leitor, você é um desses que está cansado e oprimido? Acredito que sim. Estou persuadido de que há milhares de homens e mulheres nesse mundo desconfortáveis, mas, mesmo assim, não o confessam.
Eles sentem nos seus corações um peso que se livrariam alegremente, mas não sabem como. Eles tem convicção de que nada está correto dentro deles, mas nunca contam a ninguém. Maridos não contam às
suas mulheres e mulheres não contam aos seus maridos; crianças não contam aos seus pais, amigos não contam aos outros amigos, mas o peso está fincado fortemente em seus corações! Há muito mais infelicidade do que o mundo vê. Disfarce, se quiser. Há multidões inquietas, porque sabem que não estão preparadas para se encontrarem com Deus e você, que lê esse tratado, talvez faça parte dela.
  
Leitor, se você está cansado e oprimido, então você é a pessoa para quem o Senhor Jesus Cristo envia um convite hoje. Você tem um coração dolorido e uma consciência aflita, se quiser descanso para uma alma esgotada, mas não sabe onde encontrar, se quer paz para um coração culpado, mas não sabe qual caminho seguir, então você  é o homem, você é a mulher, a quem Jesus se endereça hoje. Eu lhe trago boas novas, há esperança para você. “Vinde a mim”, diz Jesus, “e eu vos aliviarei”.
  
Alguém pode me dizer que esse convite não foi feito para si, porque não é bom o suficiente para ser convidado por Cristo. Entretanto, respondo-lhe que Jesus não fala para os bons, mas para os cansados e
oprimidos. Você sabe algo sobre esse sentimento? Então você é uma das pessoas a quem Ele se dirige.
    
Você pode me dizer que esse convite não foi feito para você, porque é um pecador e não sabe nada sobre religião. Entretanto, respondo-lhe que não importa o que você é ou o que foi. Você, nesse momento, se
sente cansado e oprimido? Então você é uma das pessoas a quem Ele se dirige.
  
Você pode me dizer que esse convite não foi feito para você, porque você ainda não é convertido e não tem um novo coração. Entretanto, respondo-lhe que o convite de Cristo não é endereçado aos convertidos, mas aos cansados e oprimidos. É assim que você se sente? Há algum peso no seu coração? Então você é uma das pessoas a quem Ele se dirige.
  
Você pode me dizer que esse convite não foi feito para você, porque não sabe se é um dos eleitos de Deus. Entretanto, respondo-lhe que você não tem direito algum de por palavras na boca de Cristo, as quais Jesus não usou. Ele não diz, “Vinde a mim, todos os que são eleitos”, Ele se dirige a todos os cansados e oprimidos, sem exceção.Você é um deles? Há fardo em sua alma? Essa é a única pergunta que deve ser respondida. Se você é um deles, então é uma das pessoas a quem Cristo se dirige.
  
Leitor, se você figura entre os cansados e oprimidos, mais uma vez peço-lhe para que não recuse o convite que lhe trago hoje, não abandone suas próprias misericórdias. O refúgio está à sua frente, de graça, não dê as costas para ele! O seu melhor Amigo estende a sua mão a você, não deixe que o orgulho, a presunção ou o medo da zombaria humana façam com que rejeite o amor dEle. Leve a sério Suas palavras. Diga-O, “Senhor Jesus Cristo, eu sou um desses a quem o Teu convite foi feito, estou cansado e oprimido. Senhor, o que tu queres que eu faça?”
  
III.  Em terceiro lugar, mostrar-lhes-ei o que o Senhor Jesus Cristo pede para que você faça. Três palavras resumem e firmam o convite que Ele o envia hoje. Se você está cansado e oprimido, Jesus diz, “Vinde a mim”.
  
Leitor, há uma grande simplicidade nessas três palavras à sua frente. Curta e clara como podem parecer, elas contem uma fonte profunda de verdade e um sólido conforto. Pondere-as, observe-as, considere-as.
Acredito que apenas metade dos cristãos salvos entendem o que Jesus quer dizer quando fala "Vinde a mim".
  
Veja que o Senhor Jesus não diz ao cansado e oprimido “vá trabalhar”. Essas palavras não trariam nenhum conforto às consciências pesadas, seria como exigir trabalho de um homem exausto. Não! Ele diz “Vinde!”, ele não diz "Paga-me o que me deves”. Tal pedido levaria um coração partido ao desespero, seria como reivindicar uma dívida 8 de um homem falido. Não! Ele diz “Vinde!”, ele não diz “Fica aí e espera”. Essa ordem seria um escárnio. Seria como prometer enviar remédios no final da semana ao homem que já está praticamente morto.
Não! Ele diz “Vinde!”. Hoje, de uma vez por todas, sem demora, “Vinde a mim”.
  
Mas, no final das contas, o que significa ir a Cristo? Essa expressão é muito usada, mas geralmente mal interpretada. Tome cuidado para que não cometa nenhum erro nesse ponto. Aqui, infelizmente, muitos
desviam-se do caminho correto e deixam escapar a verdade. Tome cuidado para que você não naufrague, estando tão próximo do porto.
  
Perceba que ir a Cristo tem um significado completamente diferente de ir à igreja ou à capela. Você pode posicionar-se regularmente num lugar de adoração e participar de todos os cultos, mas, ainda assim, não ser salvo. Nada disso é ir a Cristo.
  
Perceba que ir a Cristo é muito mais do que participar da ceia do Senhor. Você pode ser um membro regular e comunicativo, talvez você nunca perca a bênção de estar na lista daqueles que comem do pão e
bebem do vinho, ordenado pelo Senhor, e, ainda assim, não ser salvo.
Nada disso é ir a Cristo.
  
Perceba que ir a Cristo é muito mais do que ir aos ministros. Você pode ser um ouvinte regular de algum pregador popular e um partidário zeloso de todas as suas opiniões, mas, ainda assim, não ser salvo.
Nada disso é ir a Cristo.
  
Perceba, mais uma vez, que ir a Cristo é muito mais do que ter conhecimento sobre Ele. Você pode conhecer todo o sistema da doutrina Evangélica, estar apto a falar, argumentar e discutir sobre cada ponto
dele e, ainda assim, não ser salvo. Nada disso é ir a Cristo.
  
Ir a Cristo é ir a Ele com todo o coração, através da fé. Acreditar em Cristo é ir a Ele e ir a Cristo é acreditar nEle. É essa ação da alma que toma lugar quando o homem, sentindo seus pecados e ficando sem
esperanças, submete-se a Cristo pela salvação, aventurando-se, confiando e entregando-se por completo a Ele. Quando um homem se volta a Cristo vazio, a fim de ser preenchido; doente, para ser curado; faminto, para ser satisfeito; com sede, para ser refrescado; necessitado, para ser enriquecido; morrendo, para ter vida; perdido, para ser salvo; culpado, para ser perdoado; contaminado pelo pecado, para ser lavado, confessando que apenas Ele pode suprir suas necessidades, então ele está indo a Cristo. Quando ele usa Cristo como os judeus usavam a cidade de refúgio; como os egípcios usavam José; como os israelitas,
morrendo, usavam a serpente de bronze, então ele está indo a Cristo. É a ânsia da alma por um Salvador; é a força do homem para segurar a mão que se estende para ajudá-lo, é a recepção do homem doente a um medicamento impetuoso. Isso, e nada mais que isso, é alívio para Cristo.
  
Ouça, meu leitor amado, quem quer que você seja, ouça à palavra de admoestação. Tome cuidado com os erros relacionados a essa questão de ir à Cristo. Não faça atalhos; não permita que o diabo e o mundo
atrapalhem sua vida eterna; não pense que terá benesses vindas de Cristo, se não for diretamente a Ele. Não confie em formalidades externas, não se contente com usos regulares de meios mundanos. A lanterna é uma excelente ajuda na calada da noite, mas não é nosso lar, meios de graça são ajudas úteis, mas não são Cristo.  Não! Siga avante, adiante e além, até que tenha feito acordo pessoal com Cristo.
  
Ouça novamente, amado leitor. Tome cuidado com os erros relacionados à forma de ir a Cristo. Tire da sua mente a ideia de mérito e aptidão, jogue fora toda noção de bondade, retidão e solidão, não pense que você pode trazer algo que o recomende ou que faça com que mereça a atenção de Cristo. Você deve chegar-se a Ele como um pecador pobre, culpado e indigno, se não for assim, então nem sequer vá. “Mas aquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4: 5). A marca da fé é que justifica e salva, que traz a Cristo nada mais que uma mão vazia.
  
Ouça mais uma vez, amado leitor. Que não haja erro na sua mente em relação ao caráter especial do homem que vem a Cristo e é um verdadeiro cristão. Ele não é um anjo, não é um ser meio-angélico, onde não há fraqueza, defeito ou enfermidade, ele não é nada assim. Ele nada mais é que um pecador que reconheceu sua pecaminosidade, mas viu a bênção que é viver pela fé em Cristo. Qual era a companhia
gloriosa dos apóstolos e profetas? O que era o imponente exército dos mártires? Quem eram Isaías, Daniel, Pedro, Tiago, João, Paulo, Policarpo, Crisóstomo, Agostinho, Lutero, Ridley, Latimer, Bunyan, Baxter, Whitefield, Venn, Chalmers, Bickersteth, M’Cheyne? O que eles eram, se não pecadores que conheceram e sentiram seus pecados e confiaram em Cristo? O que eles eram, se não homens que aceitaram o convite que trago a você hoje, e que aceitaram a Cristo pela fé? Por essa fé eles viveram e com ela morreram. Neles mesmos e em suas ações, não viram nada que valesse a pena mencionar, mas em Cristo eles viram tudo o que suas almas precisavam.
  
Leitor, o convite de Cristo está agora à sua frente. Se você nunca deu ouvidos a ele, dê agora. Claro, pleno, livre, vasto, simples, tenro e benigno - esse convite o deixará sem desculpas para recusar-se a aceitálo. Há alguns convites os quais é melhor e mais sábio rejeitá-los. Entretanto, há um que deve sempre ser aceito, e esse convite é o que está hoje à sua frente. Jesus Cristo está dizendo, “Vinde, vinde a mim”.
    
IV.  Em último lugar, mostrar-lhes-ei o que o Senhor Jesus Cristo prometeu dar. Ele não pede para que o cansado e oprimido venha a Ele sem motivo. Ele tem persuasões graciosas e os cativa por meio de ofertas doces. “Vinde a mim”, diz Jesus, “e eu vos aliviarei”.
O alívio é algo prazeroso. Poucos são os homens e mulheres desse mundo que não sabem o quanto é bom. O homem que tem trabalhado muito com suas mãos durante toda a semana, trabalhado com ferro, metal, pedra, madeira ou barro; cavando, levantando, martelando e cortando, ele sabe o conforto de ir pra casa num sábado à noite e ter um dia de descanso. O homem que tem labutado muito com suas mãos durante todo o dia, escrevendo, copiando, calculando, compondo, projetando e planejando, sabe o conforto de deixar de lado os papéis e ter um pequeno descanso. Sim, o descanso é algo prazeroso.
  
E descanso – alívio – é uma das principais ofertas. “Vinde a mim”, diz o mundo, “e eu te darei riqueza e prazer”, “Vinde a mim”, diz o diabo, “e eu te darei grandeza, poder e sabedoria",“Vinde a mim”, diz Jesus,
“e eu vos aliviarei”.
  
No entanto, qual é a natureza desse descanso que o Senhor Jesus nos promete dar? Não é um mero repouso do corpo, porque um homem pode tê-lo e ainda assim ser miserável. Você pode colocá-lo num palácio e rodeá-lo com todo o conforto possível; você pode dar-lhe dinheiro em abundância e tudo o que o ele puder comprar; você pode libertá-lo de qualquer preocupação sobre as necessidades físicas do amanhã e tirar seu trabalho por uma hora, tudo isso você pode fazer para o homem e, ainda assim, não dar-lhe o verdadeiro descanso.
Milhares sabem muito bem disso, por experiência própria. Seus corações estão famintos em meio a uma fartura mundana; o homem interior está doente e cansado, enquanto o homem externo está vestido em púrpura, linho fino e em dinheiro diariamente! Sim, um homem pode ter casas, terras, dinheiro, cavalos, carruagens, camas macias e serventes atenciosos e, ainda assim, não ter o verdadeiro descanso.
  
O descanso dado por Cristo é interno. É descanso no coração, na consciência, na mente, na afeição e nas vontades. É descanso num sentido confortável de pecados sendo perdoados e culpas sendo postas de lado; é descanso numa esperança sólida de boas coisas que estão por vir e que não está ao alcance de doença, morte, ou cova; é descanso no sentimento bem fundamentado de que o melhor negócio da vida foi feito, seu fim já está certo, tudo foi feito em tempo e a eternidade no céu será seu lar.
  
Descanso assim, o Senhor Jesus dá aqueles que vem a ele, mostrando-os sua obra na cruz, revestindo-os com sua perfeita retidão e lavando-os com seu sangue precioso. Quando um homem começa a 11 perceber que o Filho de Deus realmente morreu pelos seus pecados, sua alma começa a provar de paz e tranquilidade internas.
  
Descanso assim, o Senhor Jesus dá aqueles que vem a ele, revelandose a si mesmo como sendo seu sempre vivo Sumo Sacerdote no céu, reconciliando Deus com os homens. Quando um homem começa a perceber que o Filho de Deus vive para interceder por ele, ele começa a sentir paz e tranquilidade internas.
  
Descanso assim, o Senhor Jesus dá aqueles que vem a ele, implantando o Seu Espírito em seus corações, testemunhando com os seus espíritos de que são filhos de Deus, vendo que as coisas velhas se passaram e fizeram-se novas. Quando um homem começa a sentir uma inclinação interna a Deus, como pai, e a ter uma  sensação de filho adotivo e perdoado, sua alma começa a sentir paz e tranquilidade.
  
Descanso assim, o Senhor Jesus dá aqueles que vem a Ele, habitando em seus corações como Rei, colocando tudo em ordem e dando a cada função, seu lugar e dever. Quando um homem começa a encontrar ordem em seu coração no lugar de rebelião e confusão, sua alma começa a reconhecer a paz e a tranquilidade. Não há verdadeira felicidade interna, até que o verdadeiro Rei esteja assentado no trono.
  
Descanso como esse, é o privilégio de todos os que acreditam em Cristo. Alguns sabem mais sobre isso, outro, menos; alguns sentem apenas em intervalos distantes, outros, quase sempre; poucos desfrutam do descanso sem muitas batalhas com a incredulidade, mas todos os que se achegam verdadeiramente a Cristo, sabem algo sobre o descanso. Pergunte-os, com todas as suas reclamações e dúvidas, se eles se absteriam de Cristo e voltariam para o velho mundo. Você receberá apenas uma resposta. Tão fraco quanto o sentido de descanso possa lhes parecer, eles se seguram em algo que os faz bem, e esse algo, eles não deixam partir.
  
Descanso assim está ao alcance de todos os que estão dispostos a buscá-lo e a recebê-lo. O pobre não é tão pobre para que não possa tê-lo, tampouco o ignorante é tão ignorante ou o doente tão doente para que não possam apoderar-se dele. A  fé, a simples fé, é o necessário para sentirmos o descanso e alívio vindos de Cristo. Fé em Cristo é o grande segredo para a felicidade. Nem a pobreza, nem a ignorância, tampouco a tribulação ou a angústia podem impedir que homens e mulheres sintam descanso e alívio em suas almas, se forem a Cristo e acreditarem.
  
Descanso assim é o que faz com que os homens se sintam independentes. Bancos podem quebrar; dinheiro pode criar asas e voar; guerra, pestes e fome podem surgir na região e fundações de terra ficarem fora de curso; saúde e vigor podem partir e o corpo ser esmagado por doenças asquerosas; morte pode nos tirar esposa, filhos e amigos, até ficarmos completamente sozinhos, mas o homem que foi a Cristo pela fé ainda terá em mãos algo que nunca poderá ser tomado dele. Assim como Paulo e Silas, ele cantará na prisão; como Jó, despojado de filhos e propriedade, ele abençoará o nome do Senhor.  Ele é o verdadeiro homem independente, que tem em mãos aquilo que nunca lhe poderá ser tirado.
  
Descanso assim é o que faz do homem um verdadeiro rico. Ele dura, persiste, resiste, ilumina o lar solitário, amacia o travesseiro moribundo, acompanha o homem quando é posto no caixão e permanece com ele quando já está na cova. Quando os amigos já não podem mais nos ajudar e o dinheiro já não nos serve; quando médicos já não conseguem mais aliviar nossa dor e enfermeiras não podem contribuir com as nossas vontades; quando nosso sentido começa a falhar e olhos e ouvidos já não realizam suas funções, nesse momento, até mesmo nesse momento, o descanso que nos foi dado por Cristo será vertido no coração do que crê. As palavras “rico” e “pobre” um dia mudarão completamente de significado. Esse é único homem rico que veio a Cristo por fé e, por meio dEle, recebeu o alívio.
  
Este é o descanso que Cristo oferece a todos os que estão cansados e oprimidos; esse é o descanso oferecido por Cristo se chegarmos a Ele; esse é o descanso que desejo que você agarre e, por isso, faço-lhe o convite hoje. Que Deus não permita que esse convite chegue a você em vão!
  
1. Leitor, você sabe alguma coisa sobre o “descanso” que venho falando? Se não, o que ganha com sua religião? Você mora numa terra cristã, professa e se auto-intitula cristão, você provavelmente frequentou uma igreja cristã para adorar durante muitos anos, logo, você não gostaria de ser chamado de infiel ou pagão. Ainda assim, qual benefício você recebeu pelo seu cristianismo durante todo esse tempo? Que vantagem você obteve? Pelo que se pode perceber, você poderia muito bem ter sido turco ou judeu.
    
Aceite o conselho de hoje e decida ter consigo as verdades do cristianismo, tanto quanto o nome, sua substância e sua forma. Não se contente até que saiba algo sobre a paz, a esperança, a alegria e a consolação desfrutadas pelos cristãos nos tempos passados. Pergunte-se qual a razão para que você estranhe os sentimentos experimentados por homens e mulheres nos dias dos apóstolos; pergunte-se porque
você não se gloria no Senhor nem sente paz com Deus, como os romanos e filipenses, que recebiam cartas de Paulo. Sentimentos religiosos, sem dúvida, são muitas vezes enganosos, entretanto, com toda certeza a religião que não produz sentimentos não é a religião do Novo Testamento. A religião que não dá ao homem conforto interno, nunca será a religião de Deus. Tome cuidado consigo, nunca esteja satisfeito até que entenda algo por “descanso que há em Cristo”.
  
2. Leitor, você deseja o descanso da alma, mas, mesmo assim, não sabe onde buscar? Lembre-se de que há apenas um lugar onde ele pode ser encontrado. Governo não pode dá-lo, educação não o concederá, prazeres mundanos não o fornecerão, dinheiro não o comprará. Ele pode ser encontrado apenas nas mãos de Jesus Cristo e é para essa mão que você deve se virar, caso queira encontrar a paz interna.
  
Não existe um caminho real para o descanso da alma, que isso nunca seja esquecido. Há apenas um caminho ao Pai: Jesus Cristo. Há apenas uma porta para o céu: Jesus Cristo. Há apenas um caminho para a paz no coração: Jesus Cristo. Por esse caminho, todos os cansados e oprimidos devem passar, não importa sua classe nem condição. Reis em seus palácios ou indigentes em seus abrigos, nessa questão, todos estão no mesmo nível. Todos os semelhantes devem ir a Cristo, caso se sintam amargurados e cansados; todos devem beber da mesmo fonte, se querem ter sua sede saciada.
  
Você pode não acreditar no que estou escrevendo agora, mas o tempo mostrará quem está certo e errado. Vá em frente, se quiser, imaginando que a verdadeira felicidade será encontrada nas coisas boas do mundo. Procure em festas e banquetes, em danças e casamentos, em corridas ou teatros, em campos ou cartas. Procure em leituras ou pesquisas científicas, em música ou pintura, em política ou negócios.
Procure, mas você nunca o alcançará, a não ser que mude de tática. O verdadeiro descanso nunca será encontrado, a não ser na união do coração do homem com Jesus Cristo.
  
A princesa Elizabete, filha de Carlos I, está enterrada na Igreja de Newport, na Ilha de Wight. Um monumento de mármore, erguido pela graciosa rainha Vitória, recorda, de forma tocante, como ela morreu.
Eles padeciam no Castelo de Carnsbrook, durante as guerras da Commonwealth, quando um prisioneiro, separado de todos os companheiros de juventude da rainha, libertou-a até sua morte. Ela foi encontrada morta, com sua cabeça sobre sua Bíblia, que estava aberta nas palavras “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. O monumento na Igreja de Newport relembra esse fato, diz respeito a uma figura feminina com sua cabeça sobre um livro de mármore, com o texto citado gravado no livro. Medite, leitor, que sermão nos dá a repreensão contida nessa pedra.  Veja como esse memorial nos possibilita perceber a desimportância da classe social para que tenhamos felicidade! Veja o testemunho disso para a lição posta à sua frente hoje, a poderosa lição de que não há descanso verdadeiro para ninguém, se não for em Cristo! Que felicidade será para a sua alma, se essa lição não for esquecida!
    
3. Leitor, você deseja esse descanso dado apenas por Cristo e, ainda assim, tem medo de buscá-lo? Suplico, como amigo de sua alma, que deixe esse medo de lado. Pois pelo que Cristo morreu na cruz, senão
para a salvação dos pecadores? Pra quê ele está sentado à direita de Deus, senão para receber e interceder pelos pecadores? Quando Cristo o convida de forma tão clara e promete de bom grado, por que, então,
fraudar sua própria alma, ao recusar-se ir a ele?
  
Quem, dentre todos os leitores desse tratado, deseja ser salvo por Cristo, mas ainda não o é? Venha, eu rogo, Venha a Cristo sem demora. Mesmo tendo sido um pecador cruel, venha; mesmo tendo resistido a avisos, conselhos e sermões, venha; mesmo tendo pecado contra a luz e o conhecimento, contra o conselho de seu pai e as lágrimas de sua mãe, venha; mesmo tendo mergulhado fundo no pecado e vivido sem os domingos e orações, ainda assim, venha. A porta não está fechada e a fonte continua aberta. Jesus Cristo o convida. É o suficiente sentir-se cansado e oprimido e ansiando por ser salvo. VENHA! Venha a Cristo sem demora.
  
Venha a ele por fé e desabafe a Cristo em oração. Conte-lhe toda a história de sua vida e peça para que o receba. Clame a Ele como o ladrão arrependido o fez, quando o viu na cruz. Diga a Ele, “Senhor, salva-me também! Senhor, lembra de mim!” VENHA! Venha a Cristo!
  
Leitor, se você nunca chegou a esse ponto, terá que chegar, caso queira ser salvo. Você deve se achegar a Cristo como pecador, fazer negócios pessoais com o grande Médico e pedir-lhe por cura. Por que não fazer isso logo de vez? Por que não aceitar logo a esse convite hoje mesmo? Mais uma vez, repito minha exortação. VENHA! Venha a Cristo sem demora.
  
Leitor, você encontrou o descanso dado por Cristo? Você já provou da verdadeira paz, ao ir até ele e colocar sua alma nele? Então siga pelo restando dos seus dias como começou, olhando para Jesus e vivendo por ele. Vá sacando diariamente suprimentos completos de descanso, paz, misericórdia e graça da grande fonte de alívio e paz. Lembre-se que se você viver até a idade de Matusalém, não será nada além de
um pobre pecador que deve tudo o que tem e toda sua esperança apenas a Cristo.
  
Nunca se envergonhe por viver uma vida de fé em Cristo. Os homens podem ridicularizá-lo e zombar de você, até mesmo silenciá-lo com argumentos, mas eles nunca poderão lhe tirar os sentimentos que a fé em Cristo proporciona. Eles nunca poderão acabar com seu sentimento. “Eu estava cansado antes de encontrar a Cristo, mas agora tenho descanso em minha consciência. Eu estava cego, mas agora vejo. Eu estava morto, mas agora vivo novamente. Eu estava perdido, mas agora fui achado”.
  
Convide a todos ao seu redor a irem a Cristo. Use de todo esforço legal para trazer pai, mãe, marido, esposa, filhos, irmãos, irmãs, amigos, parentes, companheiros, colegas de trabalho,  empregados ao conhecimento do Senhor Jesus. Não poupe dores. Fale com eles sobre Cristo, fale com Cristo sobre eles. Seja imediato em qualquer época. Fale para eles o que Moisés fez com Hobabe, “vai conosco e te faremos
bem”. Quanto mais você trabalha pela alma dos outros, mais bênçãos receberá pela sua própria alma.
  
Por último, anseie com confiança por um descanso ainda melhor no mundo que está por vir. Só mais um tempinho e Ele, que deverá vir, virá - e não tardará. Ele ajuntará todos os que creram nele e os levará para um lugar onde o pecador deixará de se preocupar e o cansado estará em perfeito descanso. Ele os dará um corpo glorioso, com o qual servirão a Deus sem transtorno e o adorarão sem fatigar-se. Ele enxugará as lágrimas de cada face e tudo será novo. (Is 25: 8.)
  
Há um tempo bom chegando para todos aqueles que foram a Cristo e confiaram suas almas em Suas mãos. Eles lembrarão todos os caminhos pelos quais foram guiados e verão a sabedoria de cada um de seus passos; todos se perguntarão como puderam duvidar de tamanha bondade e amor por parte de seu Pastor. Acima de tudo, eles se perguntarão como puderam viver sem Cristo por tanto tempo e como ainda hesitaram quando ouviram falar sobre Ele.
  
Existe uma passagem na Escócia chamada Glencoe, que fornece uma ilustração belíssima sobre como será o céu para o homem que for até Cristo. A estrada através de Glencoe conduz o viajante a uma subida longa e íngreme, com poucas curvas e desvios durante o percurso.
Mas quando o topo da subida é alcançado, uma pedra é avistada à margem da via, com os seguintes dizeres, simples, gravados “Descanse e seja grato”. Leitor, essas palavras descrevem os sentimentos com os quais cada um que busca a Cristo entrará, finalmente, no céu. O cume do caminho estreito será alcançado, deixaremos nossas jornadas cansativas e nos assentaremos no reino de Deus, olharemos para trás com gratidão e veremos a perfeita sabedoria em cada curva e travessia feita na subida íngreme por onde fomos levados, e, no descanso eterno, já não nos lembraremos do trabalho pesado. Aqui nesse mundo, nossa ideia de descansar em Cristo, na melhor das hipóteses, é fraca e parcial, mas "quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado". Graças sejam dadas a Deus, porque o dia está chegando, quando os cristãos descansarão perfeitamente e serão gratos.
  
Leitor, o convite está à sua frente. Você o aceitará?
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HINO 1
Por muito tempo labutei, mas descanso terreno não avistei;
Por muito tempo vagueei, mas lar seguro não encontrei;
Então o procurei em Seu peito acolhedor
Que abre Seus braços e convida o cansado a entrar.
Então em Cristo encontrei o descanso divino, um lar,
E desde então eu sou dEle e Ele é meu.
Sim, Ele é meu! E nada do que é terreno,
Nem todos os encantos do prazer, da riqueza ou do poder,
A fama dos heróis tampouco a pompa dos reis,
Conseguiriam me fazer abdicar do Seu amor.
“Vai, mundo sem valor”, eu clamo, “com tudo o que é teu!”
“Vai, porque eu sou do meu Salvador e Ele é meu”.
O que eu tenho de bom é dado por Ele,
O mal é apenas algo que Ele considere melhor;
Tendo-o como amigo, sou rico, mesmo sem posses,
Mas sem Ele, mesmo com todas as riquezas, sou pobre.
Mudanças podem vir, e eu aceito ou renuncio,
Regozijando enquanto sou dEle e Ele é meu.
Por mais que tudo mude, nEle, nada há de passar.
Assim como o sol glorioso não míngua e nem declina,
Também Ele sobre as nuvens e tempestades caminha,
E resplandece docemente sobre a escuridão de seu povo.
Tudo pode apartar-se, mas não me aflijo e nem reclamo,
Enquanto eu for do meu Salvador e Ele for meu.

HINO 2
Assim como estou, sem nenhum argumento,
A não ser o de que teu sangue foi derramado por mim,
E que Tu me convidaste para vir até Ti,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!
Assim como estou, e sem esperar
Para minha alma, da desgraça obscura, libertar
A ti, cujo sangue pode toda mácula limpar,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!
Assim como estou, mesmo agitado17
Com tantos conflitos e incertezas,
Com temores por dentro e pelejas por fora,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!
Assim como estou: pobre, miserável e cego.
Visão, riqueza e mente sã:
Sim, disso tudo preciso em Ti encontrar,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!
Assim como estou, Tu me vais receber,
Vais me libertar, perdoar, limpar e acolher,
Porque creio na Tua promessa,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!
Assim como estou, o Teu amor extraordinário
Quebrou todas as barreiras;
E agora sou Teu, sim, somente Teu,
Cordeiro de Deus, a Ti eu venho!18

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ORE PARA QUE O ESPIRITIO SANTO USE ESSE SERMÃO
PARA EDIFICAÇÃO DE MUITOS E SALVAÇÃO DE PECADORES.
FONTE
Traduzido de http://www.tracts.ukgo.com/come.doc
Todo direito de tradução em português protegido por lei internacional de
domínio público
Tradução: Sara de Cerqueira
Revisão: Armando Marcos Pinto
Capa: Victor Silva

Projeto Ryle – Anunciando a verdade Evangélica.
http://bisporyle.blogspot.com/


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