08:00
John MacArthur
O que é mortificação?
por John MacArthur

Os cristãos têm uma obrigação — não para com a carne, mas em relação ao novo princípio de justiça personificado no Espírito Santo. Eles lutam, pelo poder do Espírito Santo, para mortificar o pecado na carne — "para mortificardes os feitos do corpo". Se você estiver fazendo isso, ele diz, "[viverás]" (Rm 8.13).

É claro que Paulo não está sugerindo que alguém pode obter vida, mérito ou favor de Deus pelo processo da mortificação. Mas está dizendo que é uma característica de crentes verdadeiros o fato de mortificarem os feitos do corpo. Nada é mais natural para pessoas que são "guiadas pelo Espírito de Deus" (v.14) do que mortificar seu pecado. Uma das provas da nossa salvação é que fazemos isso. Espera-se isso dos crentes. É a expressão da nova natureza.

Em outras palavras, o crente verdadeiro não é como Saul, que queria mimar e preservar Agague, mas como Samuel que o despedaçou sem mercê e sem demora. Saul pode ter querido fazer de Agague um animal de estimação, mas Samuel sabia que isso era totalmente impossível. Da mesma maneira, nunca domesticaremos nossa carne. Não podemos afagar nosso pecado. Devemos tratá-lo com rapidez e de um modo severo. Foi o que disse Jesus:

Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno (Mt 5.29,30).

É óbvio que Jesus não estava falando no sentido literal, embora muitos tenham entendido mal essa passagem. Ninguém menos que o próprio grande teólogo Orígenes castrou-se, num esforço mal orientado de cumprir esse mandamento literalmente. Jesus não estava proclamando a automutilação, mas sim a mortificação dos feitos do corpo. Mortificação, nas palavras do puritano John Owen significa que a carne, "com [suas] faculdades e propriedades, [sua] sabedoria, astúcia, sutileza, força, deve, segundo o apóstolo, ser morta, afligida, mortificada — isto é, ter seu poder, vida, vigor e força para produzir seus efeitos, afastados pelo Espírito".

Romanos 8.12, 13, versos que Paulo usa para introduzir a idéia de mortificação do pecado, sinalizam para um grande ponto de alteração na linha de pensamento que percorre esse capítulo. Martyn Lloyd-Jones disse:

É aqui, pela primeira vez, nesse capítulo, que entramos no campo da aplicação prática. Tudo o que vimos até agora foi uma descrição geral do cristão — seu caráter, sua posição. Mas agora o apóstolo realmente explicita a doutrina da santificação. Aqui nos é dito exatamente como, na prática, o cristão se torna santificado. Ou, dizendo isso de uma outra maneira, aqui nos é dito em detalhes e na prática como o cristão deve travar a batalha contra o pecado.

Paulo não promete uma libertação imediata do assédio do pecado. Não descreve uma crise momentânea de santificação, quando o crente imediatamente se tornaria perfeito. Ele não diz aos romanos para deixarem as coisas na mão de Deus enquanto eles não fazem nada. Não sugere que uma "decisão em momento crítico" resolverá a questão de uma vez para sempre. Ao contrário, ele fala de uma luta contínua com o pecado, que devemos, de forma persistente e perpétua, "mortificar os feitos do corpo".

Essa linguagem é frequentemente mal-entendida. Paulo não está chamando as pessoas a uma vida de autoflagelação. Ele não está dizendo que os cristãos deveriam ser subjugados pela fome, literalmente torturarem o corpo, ou privarem-se das necessidades básicas da vida. Não está lhes dizendo para se mutilarem, abraçarem uma vida monástica ou qualquer coisa do tipo. A mortificação de que Paulo fala não tem nada que ver com uma autopunição exterior. E um processo espiritual realizado pelo "Espírito". Paulo está descrevendo uma forma de vida para sufocar o pecado, aniquilá-lo de nossa vida, sugar suas forças, extirpá-lo e impedir sua influência. Isso é o que significa mortificar o pecado.

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Fonte: O Principal dos Pecadores

02:45

Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Cristo tem o Espírito Santo, o qual Ele nos outorga espontânea e abundantemente, pois o que recebemos é “a graça.... segundo a proporção do dom de Cristo”. Os primeiros crentes “transbordavam de alegria e do Espírito Santo” (At 13.52). Nós temos de ser cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), pois o que Cristo nos dá é o próprio Espírito Santo (Rm 5.5), e não algumas influências. O Espírito Santo desce sobre nós (At 8.16, 11.15); é derramado sobre nós (At 2.33, 10.45, Ez 39.29); somos batizados com Ele (At 11.16). O Espírito Santo é o penhor de nossa herança (Ef 1.14); Ele nos sela (Ef 1.13), imprimindo em nós a imagem e semelhança de Deus. O Espírito Santo ensina (1 Co 2.13), revela (1 Co 2.10), convence (Jo 16.8), fortalece (Ef 3.16) e nos torna frutíferos (Gl 5.22). Ele perscruta (1 Co 2.10), age (Gn 6.3), santifica (1 Co 6.11), guia (Rm 8.14, Sl 143.10), ensina (Ne 9.20), fala (1 Tm 4.1, Ap 2.7), demonstra ou prova (1 Co 2.4). O Espírito Santo intercede (Rm 8.26), vivifica (Rm 8.11), cria (Sl 104.30), conforta (Jo 14.26), derrama o amor de Deus em nosso coração (Rm 5.5) e regenera (Tt 3.5). Ele é o Espírito de santidade (Rm 1.4), de sabedoria e de entendimento (Is 11.2, Ef 1.17); o Espírito da verdade (Jo 14.17), de conhecimento (Is 11.2), da graça (Hb 10.29), da glória (1 Pe 4.14), do nosso Deus (1 Co 6.11), do Deus vivente (2 Co 3.3). O Espírito Santo é o bom Espírito (Ne 9.20), o Espírito de Cristo (1 Pe 1.11), o Espírito de adoção (Rm 8.15), o Espírito de vida (Ap 11.11) e o Espírito do Filho de Deus (Gl 4.6).

Este é o Espírito Santo, por meio de quem somos santificados (2 Ts 2.13); o “Espírito eterno”, pelo qual Cristo se ofereceu sem mácula a Deus (Hb 9.14). Este é o Espírito Santo, por quem somos “selados para o dia da redenção” (Ef 4.30); o Espírito que nos torna sua habitação (Ef 2.22) e vive em nós (2 Tm 1.14), através de quem somos preservados a olhar para e a ansiar por Cristo e que nos torna “ricos de esperança” (Rm 15.13).

A vida de santidade depende muito de recebermos e nos apropriarmos deste Hóspede celeste. Digamos-Lhe nosso “bem-vindo”, procurando não envergonhá-Lo, não resisti-Lo, não entristecê-Lo, não apagá-Lo, e sim amá-Lo e nos deleitarmos no seu amor (“o amor do Espírito” – Rm 15.30); de modo que nossa vida seja um viver no Espírito (Gl 5.25), um andar no Espírito (Gl 5.16), um orar no Espírito (Jd 20). Ao mesmo tempo que fazemos distinção entre a obra de Cristo por nós e a obra do Espírito em nós, a fim de preservar inalterável a nossa consciência do perdão, não devemos separar de maneira alguma estas duas obras. Mas, permitindo que ambas cumpram o seu serviço, devemos seguir “a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14), mantendo nosso coração na “comunhão do Espírito” (Fp 2.1) e deleitando-nos nesta comunhão (2 Co 13.13).

A dupla forma de expressão que ressalta a habitação recíproca ou mútua de Cristo e do Espírito Santo em nós é digna de observação. Cristo em nós (Cl 1.27) é um dos lados; nós em Cristo é o outro lado (2 Co 5.17, Gl 2.20). O Espírito Santo em nós (Rm 8.9) é um aspecto; nós vivemos no Espírito (Gl 5.25) é o outro aspecto. Esta dupla forma de expressão também é utilizada em referência à Divindade, nestas admiráveis palavras: “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus” (1 Jo 4.15).

Parece que nenhuma figura seria plenamente adequada para expressar a intimidade de contato, a proximidade de relacionamento e a completa unidade em que somos colocados, ao receber o testemunho divino sobre a pessoa e a obra do Filho de Deus. Sendo possuidores de todos os recursos necessários a uma vida de santidade, não somos, por conseguinte, mais fortemente comprometidos a vivê-la? Se temos uma vida e recursos tão abundantes à nossa disposição, quão grande é a nossa responsabilidade! Devemos ser “tais como os que vivem em santo procedimento e piedade!” E, se acrescentarmos a tudo isso as perspectivas da esperança da segunda vinda, do reino e da glória, nos sentiremos rodeados, em todos os lados, por motivos, assuntos e instrumentos adequados para nos tornarem aquilo que devemos ser — “sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9), “zeloso de boas obras” neste mundo (Tt 2.14) e possuidores de “glória, honra e incorruptibilidade” no porvir (Rm 2.7).


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FONTE: Editora Fiel
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14:18
Jonathan Edwards
Pregado na conferência pública em Boston, 8 de julho de 1731.

Deus glorificado na dependência do homem - por Jonathan Edwards

Texto base: 1 Corinthians 1:29, 30, 31

Para que nenhuma carne se glorie em sua presença. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, que é de Deus fez para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção: que, conforme está escrito: Aquele que se gloria, glorie no Senhor.

Edwards começa falando da sabedoria mundo antigo, Corínto não estava distante de Atenas, vs. 22. Contudo, apesar de toda a busca grega, eles não aprenderam nada sobre o Evangelho, não conheceram a Deus, contudo, Deus se revelou agora ali através do Evangelho, e o fez assim para que:

1. Para que o homem não se glorie em si mesmo.

2. A redenção deve ser atingida por uma dependência absoluta e imediata que os homem têm em Deus, é sobretudo o efeito do trabalho de Deus.

Isto quer dizer que todo bem que os homens tem é em e por Cristo. Ele é feito para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção.

Sabedoria- gregos- verdadeira luz para o mundo

justiça- justificação

santificação- verdade do coração - justiça imputada.

redenção- livramento da miséria- felicidade e glória.

nossa dependência para com Cristo, também inclui a trindade, já que o Pai nos concedeu estas coisas e o Espírito as vivifica em nós.

DOUTRINA.

1. há uma dependência total e universal dos remidos de Deus : pois ele é a causa original de toda a boa obra, é o meio pelo qual ela é obtida e transmitida.

É de Deus que Cristo se torna nossa, que somos levados a ele, e estão unidos a ele. É de Deus que recebemos a fé para fechar com ele, para que possam ter interesse nele. Ef. 02:08. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus". É de Deus que realmente receber todos os benefícios que Cristo adquiriu. É Deus que perdoa e justifica e entrega de descer ao inferno, e em seu favor os remidos são recebidos, quando elas são justificadas. Assim é Deus, que liberta do domínio do pecado, nos purifica de nossas imundícia, e muda-nos de nossa deformidade. É de Deus que o redimiu receber todas verdadeiras sua excelência, sabedoria e santidade, e que duas maneiras, viz. como o Espírito Santo por quem essas coisas são imediatamente feito é de Deus, procede-se dele, e é enviado por ele, e também como o próprio Espírito Santo é Deus, por cujo funcionamento e habita o conhecimento de Deus e das coisas divinas, um santo disposição e toda a graça, são conferidos e assegurados. E embora os meios sejam em uso de conferir graça sobre a alma dos homens, mas é de Deus que nós temos estes meios da graça, e é ele que torna eficaz. É de Deus que temos as Sagradas Escrituras, pois eles são a sua palavra. É de Deus que temos leis, e sua eficácia depende da influência imediata do seu Espírito. Os ministros do evangelho são enviados de Deus, e todos os seus suficiência é dele .-- 2 Coríntios. 04:07. "Temos este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." Seu sucesso depende inteiramente e absolutamente a bênção imediata e influência de Deus.

1. Os redimidos têm tudo a partir da graça de Deus. Foi mera graça que Deus nos deu seu Filho único-gerado. A carência é grande em proporção à excelência do que é dado. O presente foi infinitamente preciosa, porque era de uma pessoa infinitamente digno, uma pessoa de infinita glória, e também porque era de uma pessoa infinitamente próximo e querido de Deus. A carência é grande em relação aos benefícios que temos nos dado nele. O benefício é duplamente infinito, na medida em que nele temos a libertação de um infinito, porque uma miséria eterna, e que também receberá a eterna alegria e glória. A graça nos concedendo esse dom é grande em proporção à nossa indignidade para quem isso é dado , em vez de merecer tal presente, que mereceu infinitamente mal de mãos de Deus. A carência é grande de acordo com a forma de doação, ou em proporção à humilhação e à custa dos métodos e os meios pelos quais uma forma é feito para que tenhamos o dom. Ele lhe deu para habitar entre nós, ele lhe deu para nós encarnados, ou em nossa natureza, e no entanto, como enfermidades sem pecado. Ele lhe deu a nós em um estado de baixo e oprimido, e não somente isso, mas como morto, que ele poderia ser uma festa para as nossas almas.

A graça de Deus concedendo esse dom é mais livre. Foi o que Deus não tinha nenhuma obrigação de doar. Ele poderia ter rejeitado o homem caído, como fez com os anjos caídos;. Fomos nós que nunca fez qualquer coisa para merecer que lhe foi conferido, quando éramos ainda inimigos, e antes que tivéssemos tanto quanto se arrependeu. Foi a partir do amor de Deus que não viu nenhuma excelência em nós, para atraí-lo, e foi sem expectativas de vir a ser correspondido por ela pessoas. E é simples de graça que os benefícios de Cristo são aplicados a tais e tão especial. Aqueles que são chamados e santificados, são atribuí-lo sozinho com o beneplácito da bondade de Deus, pelo qual eles são diferenciados. Ele é soberano, e tem misericórdia de quem ele terá misericórdia.

O homem tem agora uma maior dependência da graça de Deus do que tinha antes da queda. Ele depende da bondade gratuita de Deus muito mais do que ele fez depois. Em seguida, ele dependia da bondade de Deus para conferir o prêmio de perfeita obediência, porque Deus não era obrigado a promessa e conceder essa recompensa. Mas agora somos dependentes da graça de Deus para muito mais, estamos a precisar de graça, não só para a minha glória sobre nós, mas para nos livrar do inferno e da ira eterna. Sob a primeira aliança dependia-se a bondade de Deus para nos dar a recompensa da justiça, e assim vamos fazer agora, mas estamos precisando de Graça Soberana é gratuito e Deus para nos dar que a justiça, para perdoar os nossos pecados, e libertar-nos da culpa e demérito infinita dele.

E como somos dependentes da bondade de Deus para mais agora do que sob a primeira aliança, por isso estamos dependentes de uma muito maior, mais livre e maravilhosa bondade. Estamos agora mais dependente da boa soberana arbitrária e prazer de Deus. Estávamos em nosso primeiro dependente de Deus para a santidade. Nós tivemos a nossa justiça original dele, mas então a santidade não foi dado de forma de boa vontade soberana como é agora. O homem foi criado santos, porque tornou-se Deus para criar todas as suas criaturas sagradas razoável. Teria sido um desprezo à santidade da natureza de Deus, se ele tivesse feito uma criatura inteligente profano. Mas agora, quando o homem caído é santificado, é de mera tolerância e arbitrária, Deus pode, por jamais negar a santidade da criatura caída, se ele quiser, sem qualquer menosprezo a nenhuma das suas perfeições.

E nós estamos não somente na verdade, mais dependente da graça de Deus, mas a nossa dependência é muito mais visível, porque a nossa própria insuficiência e desamparo em nós mesmos é muito mais evidente em nosso estado caído e desfeitas, do que era antes eram pecaminosas ou miseráveis. Estamos mais aparentemente dependente de Deus para a santidade, porque estamos em primeiro lugar de pecado, e totalmente poluído, e depois santo. Assim, a produção dos efeitos é sensível, e sua derivação mais óbvia de Deus. Se o homem nunca foi santa e sempre foi assim, não seria tão evidente, que não tinha, necessariamente, a santidade, como uma qualificação inseparável da natureza humana. Então, nós estamos mais aparentemente dependente da graça livre para a graça de Deus, pois somos justamente o primeiro objeto de seu desagrado, e depois serão recebidos no favor. Estamos mais aparentemente dependente de Deus para a felicidade, sendo o primeiro miserável, e depois felizes. É mais livre e, aparentemente, sem mérito em nós, porque somos realmente, sem qualquer tipo de excelência ao mérito, se pudesse haver qualquer coisa como mérito na excelência de criatura. E não estamos só sem nenhuma excelência verdade, mas estão cheios, e totalmente corrompidos com, o que é infinitamente odiosa. Tudo bem a nossa é mais aparentemente vinda de Deus, porque nós somos primeiro nu e totalmente com qualquer bom-out e, posteriormente enriquecido com tudo de bom.

2. Recebemos tudo do poder de Deus. É a redenção do homem é muitas vezes descrita como uma obra de poder maravilhoso, assim como a graça. O grande poder de Deus aparece para trazer um pecador de seu estado de baixo, desde as profundezas do pecado e da miséria, como um estado exaltado de santidade e felicidade. Ef. 1:19. "E qual é a grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder ."----

Somos dependentes do poder de Deus através de cada passo da nossa redenção. Somos dependentes do poder de Deus para converter-nos e dar a fé em Jesus Cristo, ea nova natureza:. É um trabalho de criação "Se alguém está em Cristo, é nova criatura", 2 Coríntios. 5:17. "Fomos criados em Cristo Jesus," Ef. 2:10. A criatura caída não pode atingir a verdadeira santidade, mas por ser criado de novo. Ef.04:24. "E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade". É uma ressurreição dos mortos. Colos. 2:12-13. "No qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos." Sim, é um glorioso trabalho mais poder do que mera criação ou aumento de um corpo morto à vida, em que o efeito obtido é maior e mais excelente. Isso e ser feliz, espiritual e vida santa, que é produzido no trabalho de conversão, é a maior e mais glorioso efeito de longe, do que simples ser e da vida. E o estado de onde a mudança seja feita - uma morte em pecado, a total corrupção da natureza e profundidade da miséria - é bem mais remota do estado atingido, que a morte em si ou não-entidade.

É pelo poder de Deus também que são preservadas em um estado de graça. 1 Pet. 1:5. "Quem são guardados pelo poder de Deus através da fé para a salvação." Como a graça é a primeira de Deus, por isso é sempre dele, e é mantida por ele, tanto quanto a luz na atmosfera é todo o dia do sol, bem como a primeira aurora, ou sol-nascente. - Os homens são dependentes do poder de Deus para todos os exercícios de graça, e para exercer esse trabalho, no coração, para subjugar o pecado ea corrupção, aumentando os princípios sagrados, e permitindo a produzir frutos de boas obras. O homem é dependente do poder divino para trazer graça à sua perfeição, estou fazendo a alma completamente amável na gloriosa semelhança de Cristo, e enchimento da mesma com uma alegria satisfação e bem-aventurança, e para o aumento do corpo para a vida, e como um perfeito Estado, que deve ser adequado para uma habitação e de órgãos para uma alma tão perfeito e abençoado. Estes são os efeitos mais gloriosa do poder de Deus, que são vistos na série de atos de Deus no que diz respeito às criaturas.

O homem era dependente do poder de Deus em seu primeiro estado, mas ele é mais dependente do seu poder agora, ele precisa do poder de Deus para fazer mais coisas para ele, e depende de um maravilhoso exercício mais do seu poder. Foi um efeito do poder de Deus para o homem santo, o primeiro, mas mais notavelmente isso agora, porque há uma grande oposição e dificuldades no caminho. É um efeito mais gloriosa de poder fazer essa santa que estava tão depravado, e sob o domínio do pecado, do que para conferir santidade naquilo que antes não tinha nada em contrário. É um trabalho mais glorioso do poder para salvar uma alma das mãos do demônio, e dos poderes das trevas e trazê-lo em um estado de salvação, que para conferir santidade onde não havia nenhum preconceito ou da oposição. Lucas 11:21-22. "Quando um homem forte armado guarda seu palácio, seus bens estão em paz, mas quando um mais forte do que virá sobre ele, e vencê-lo, ele tira-lhe toda a sua armadura, em que confiava, e reparte os seus despojos." Por isso, é um trabalho mais glorioso de poder para manter a alma em estado de graça e de santidade, e para transportá-la até que ela é trazida para a glória, quando há muito pecado para permanecer no coração resiste, e Satanás com todos os seus pode adversária, que teria sido ter mantido o homem de cair no início, quando Satanás não tinha nada no homem .-- Assim, temos mostrado como os remidos são dependentes de Deus para todos os seus bom, como todos eles têm dele.

Em segundo lugar, eles também são dependentes de Deus para todos, como todos eles têm por ele. Deus está no meio dela, bem como o autor ea fonte dele. Tudo o que temos, a sabedoria, o perdão dos pecados, libertação do inferno, de aceitação, em favor, da graça de Deus e de santidade, um verdadeiro conforto e felicidade, a vida eterna e glória, é de Deus por um mediador, e este mediador é Deus, que Mediador nós tem uma absoluta dependência, como por meio de quem recebemos tudo. Então, isso aqui é um outro caminho que temos a nossa dependência de Deus para tudo de bom. Deus não nos dá apenas o Mediador, e aceita a sua mediação, e de seu poder e graça dá as coisas compradas pelo mediador, mas ele é o Mediador de Deus.

Nossas bênçãos são o que temos por compra, ea compra é feita de Deus, as bênçãos são comprados dele, e Deus dá ao comprador, e não somente isso, mas Deus é o comprador. Sim Deus é tanto o comprador eo preço, porque Cristo, que é Deus, comprou essas bênçãos para nós, oferecendo a si mesmo como o preço da nossa salvação. Ele comprou a vida eterna pelo sacrifício de si mesmo. Heb.07:27 ". Ele ofereceu a si mesmo." E 9:26. "Ele apareceu para tirar o pecado pelo sacrifício de si mesmo." Na verdade, era a natureza humana, que foi oferecido, mas era a mesma pessoa com o divino e, portanto, era um preço infinito.

Como temos, portanto, o nosso bem através de Deus, temos uma dependência dele em uma relação que o homem em seu primeiro estado não tinha. O homem foi ter a vida eterna, em seguida, através de sua própria justiça, de modo que ele tinha, em parte, a dependência de um em cima do que era em si mesmo, pois temos uma dependência que através do qual temos o nosso bem, assim como a de que os temos, e embora a justiça do homem que ele então dependia era realmente de Deus, no entanto, era sua própria, que era inerente em si mesmo, de modo que sua dependência não era tão imediata de Deus.Mas agora a justiça que nós estamos dependentes não está em nós mesmos, mas em Deus. Somos salvos pela justiça de Cristo: Ele é feito para nós justiça, e é, portanto, profetizou, Jer. 23:06, sob esse nome, "o Senhor nossa justiça". Em que a justiça, somos justificados por é a justiça de Cristo, é a justiça de Deus. 2 Cor.5: 21 "." Que possamos ser feita a justiça de Deus nele. - Assim, temos a redenção, não só todas as coisas de Deus, mas por e através dele, 1 Coríntios. 08:06. "Mas para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, e nós nele, e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele."

Em terceiro lugar, os remidos todos os seus bons em Deus. Não só temos é dele, e através dele, mas consiste em ele, ele é todo o nosso bem .-- O bom dos redimidos é objetivo ou inerente. Por seu bom objetivo, quero dizer que o objeto extrínseco, na posse e usufruto de que eles estão felizes. Suas boas inerente é que a excelência ou o prazer que se encontra na própria alma. No que diz respeito a ambos que os remidos todos os seus bons em Deus, ou que é a mesma coisa, Deus ele próprio é tudo de bom o seu.

1. Os redimidos têm todos os seus objectivos bem em Deus. O próprio Deus é o grande bem que eles são trazidos para as posses-são e pelo gozo de redenção. Ele é o bem supremo, ea soma de todo o bem que Cristo comprou. Deus é a herança dos santos, ele é a parte de suas almas. Deus é a sua riqueza e tesouro, seu alimento, sua vida, sua morada, os seus ornamentos e diadema, e sua honra e glória eterna. Eles não têm nenhuma no céu, mas Deus, ele é o grande bem que os redimidos são recebidos para a morte, e que estão à altura no final do mundo. O Senhor Deus é a luz da Jerusalém celestial, e é o "rio da água da vida" que corre, e "a árvore da vida que cresce, no meio do paraíso de Deus". As excelências gloriosa e beleza de Deus, será que vai para sempre entreter as mentes dos santos, eo amor de Deus será a sua festa eterna. Os redimidos certamente apreciar outras coisas, eles vão aproveitar os anjos, e gozará de um outro, mas o que eles gozam, nos anjos, ou outro, ou em qualquer outra coisa qualquer que lhes renderá prazer e felicidade, será o que deve ser vista de Deus neles.

2. Os redimidos têm tudo de bom a sua inerente em Deus. bem inerente é duplo, é tanto a excelência ou a lazer. Estes os remidos não apenas derivam de Deus, como a causada por ele, mas tê-los nele. Eles têm excelência espiritual e de alegria por uma espécie de participação de Deus. Eles são feitos por uma excelente comunicação de excelência de Deus. Deus coloca sua própria beleza, ou seja, sua imagem bela, em suas almas. Eles são feitos participantes da natureza divina, ou a imagem moral de Deus, 2 Pet. 1:4. Eles são santos por serem feitos participantes da santidade de Deus. Heb. 12:10. Os santos são lindos e abençoados por uma comunicação da santidade de Deus e alegria, como a lua e os planetas são iluminados pelo sol da luz. O santo tem alegria espiritual e prazer por um tipo de derrame de Deus na alma. Nestas coisas os remidos ter comunhão com Deus, isto é, eles participam com ele e dele.

Os santos têm tanto espiritual excelência e sua bem-aventurança pelo dom do Espírito Santo, ea sua morada no-las. Eles não são apenas causados pelo Espírito Santo, mas são-no como seu princípio. O Espírito Santo se tornar um habitante, é um princípio vital na alma. Ele, na qualidade de, em cima, e com a alma, torna-se uma fonte da verdadeira santidade e alegria, como uma mola é de água, pelo esforço e difusão de si mesma. João 4:14. "Mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu lhe der, será nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna." Comparado com o cap. 7:38-39. "Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva, mas isto disse ele do Espírito, que aqueles que crêem nele deve receber." A soma do que Cristo adquiriu para nós, é que a fonte de água de que fala o primeiro desses lugares, e os rios de água viva de que fala o último. E a soma das bênçãos que os remidos receberão no céu, é que o rio da água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro, Apocalipse 22:1. Que, sem dúvida, significa o mesmo com os rios de água viva, explicou João 7:38-39, que está em outro lugar chamado de "rio de prazeres Deus". Nisto consiste a plenitude do bem, que os santos recebem de Cristo. É pela participação do Espírito Santo, que têm comunhão com Cristo na sua plenitude. Deus deu o Espírito, e não por medida até ele, e eles recebem da sua plenitude, e graça sobre graça. Esta é a soma dos santos "a herança, e portanto que pouco do Espírito Santo que os crentes têm neste mundo, é dito ser o penhor da sua herança, 2 Coríntios. 01:22. "Quem também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nossos corações." E cap. 05:05. "Agora ele que operou-nos para a mesma coisa eu, é Deus, que também tem dado a nós o penhor do Espírito". E Ef. 1:13-14. "Fostes selados com o Espírito Santo da promessa, que é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus."

O Espírito Santo e as coisas boas são faladas nas Escrituras como sendo o mesmo, como se o Espírito de Deus comunicado à alma, composta por todas as coisas boas, Matt. 7:11. "Quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem?" Em Lucas é, cap. 11:13. "Quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" Esta é a soma das bênçãos que Cristo morreu para adquirir, eo tema do evangelho promessas. Gal. 3:13-14. "Ele foi feito maldição por nós, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé." O Espírito de Deus é a grande promessa do Pai, Lucas 24:49. "Eis que eu envio a promessa de meu Pai, em cima de você." O Espírito de Deus, portanto, é chamado de "o Espírito da promessa", Ef. 01:33. Essa coisa prometida Cristo recebeu, e tinha dado na sua mão, logo que ele tinha terminado a obra da nossa redenção, para outorgar em tudo o que tinha resgatado; Atos 2:13. "Assim sendo pela mão direita de Deus exaltado, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, ele se derramou isto que vós vedes e ouvis". Assim que toda a santidade ea felicidade dos remidos está em Deus. É no sector das comunicações, habitação e agir do Espírito de Deus. Santidade e felicidade está na fruta, aqui e no futuro, porque Deus habita neles e eles em Deus.

Assim, Deus nos deu o Redentor, e é por ele que o nosso bem é adquirido;. Então, Deus é o Redentor e os preços e ele também é o bem adquirido. Assim que tudo o que temos é de Deus, e por meio dele e nele. Rom. 11:36. "Porque dele, e por meio dele e para ele, ou ele, são todas as coisas." O mesmo no grego que está aqui prestados a ele, torna-se nele, 1 Coríntios. 08:06.

II- Deus é glorificado na obra da redenção por este meio, viz. Por não ser tão grande e universal a dependência de um dos redimidos por ele.

1. O homem tem tanto maior ocasião e obrigação de perceber e reconhecer as perfeições de Deus e auto-suficiência. Quanto maior a dependência da criatura está em perfeições de Deus, ea maior preocupação que tem com eles, tanto maior ocasião que ele tem de tomar conhecimento deles. Tanta preocupação maior do qualquer um tem com e dependência do poder e graça de Deus, tanto maior ocasião que ele tem que tomar conhecimento do que poder e graça. Tanto mais imediato e maior dependência existe sobre a santidade divina, tanto maior a ocasião para tomar nota e reconhecer isso. Tanto e mais absoluta dependência maior que temos sobre a perfeição divina, como pertencentes à diversas pessoas da Santíssima Trindade, tanto maior ocasião, temos de observar e da própria glória divina de cada um deles. O que nós estamos mais preocupados com, é o mais certamente no caminho da nossa observação e aviso, e este tipo de preocupação com qualquer coisa, viz. dependência, especialmente se tendem a comandar e obrigar a atenção e observação. Aquelas coisas que não são muito dependentes, é fácil negligenciar, mas nós podemos fazer escassos do que qualquer outra mente que temos uma grande dependência. Em razão de nosso grande dependência assim por diante de Deus e suas perfeições, e em muitos aspectos, assim, ele e sua glória são os mais diretamente definido em nossa opinião, seja quem for o caminho que voltamos nossos olhos.

Temos a maior oportunidade de tomar conhecimento do todo-suficiência de Deus, quando todas as nossas suficiência é assim todos os sentidos dele. Nós temos mais a oportunidade de contemplá-lo como um bem infinito, e como a fonte de todo bem. Tamanha dependência de Deus demonstra o seu auto-suficiência. Tanto como a dependência da criatura é de Deus, tanto maior é o vazio da criatura em si mesmo aparecer, e tanto maior a criatura, o vazio, tanto maior deve ser a plenitude do Ser é que lhe fornece. Nossa ter tudo de Deus, mostra a plenitude de seu poder e graça, com todas as nossas através dele, mostra a plenitude do seu mérito e merecimento, e nosso com todas nele, demonstra a sua plenitude de beleza, amor e felicidade. E os remidos, em virtude da grandeza da sua dependência de Deus, não só têm muito maior a ocasião, mas a obrigação de contemplar e reconhecer a glória e plenitude de Deus. Como é desarrazoado e ingrato que devemos ser, se não reconhecer que a suficiência ea glória que nós absolutamente, de imediato, e universalmente depender!

2. Nisto é demonstrado quão grande é a glória de Deus é considerado comparativamente, ou quando comparado com o da criatura. Por que a criatura sendo assim totalmente e universalmente dependente de Deus, parece que a criatura é nada, e que Deus é tudo. Nisto parece que Deus é infinitamente acima de nós, isso é força de Deus, e sabedoria e santidade, são infinitamente maiores que a nossa. No entanto o grande e glorioso da criatura apreende Deus para ser, mas se ele não for sensível a diferença entre Deus e ele, de forma a ver que essa é a glória de Deus é grande, comparada com a dele, ele não estará disposto a dar glória a Deus devido ao seu nome. Se a criatura em qualquer aspectos, define-se em um nível com Deus, ou se exalta a qualquer concorrência com ele, porém ele pode apreender que grande honra e respeito profundo pode pertencer a Deus, daqueles que estão a uma distância maior, ele não será tão sensível de seu ser devidos. Tanto os homens mais se exaltam, tanto menos eles irão certamente estar dispostos a exaltar a Deus. É certamente o que Deus tem por objetivo na disposição das coisas na redenção, (se nós permitirmos que as Escrituras sejam a revelação de sua mente Deus), que Deus deve aparecer completo, eo homem em si mesmo vazio, que Deus deve aparecer de tudo, eo homem nada. É declarado design é Deus que os outros não devem "glória em sua presença", o que implica que é seu projeto para fazer avançar sua própria glória comparativa. Tanto mais homem "glórias da presença de Deus", muito menos glória é atribuída a Deus.

3. Por seu ser, assim, ordenou que a criatura deve ter tão absoluta e universal, uma dependência de Deus, está previsto que Deus deve ter toda a nossa alma, e deve ser o objeto de nosso respeito e indiviso.Se tivéssemos a nossa dependência, em parte, Deus, e parcialmente em outra coisa, é respeitar o homem seria dividido para as coisas diferentes que ele tinha dependência. Assim seria, se dependesse de Deus apenas para uma parte do nosso bem, e sobre nós mesmos, ou algum outro ser, por outra parte: ou se tivéssemos o nosso único bem de Deus, e por outro que não era Deus, e em algo distinto de ambos, os nossos corações seria dividido entre o bem em si, e ele de quem e por quem dele, nós o recebemos. Mas agora não há nenhum motivo para isso, sendo Deus, não só ele, ou a partir dos quais todos nós temos boas, mas também por quem, e isso é bom em si, que temos a partir dele e através dele. Assim que tudo o que existe para atrair o nosso respeito, a tendência é, ainda, diretamente em direção a Deus, tudo se une em si como o centro.
USE.

1. Podemos aqui observar a maravilhosa sabedoria de Deus na obra da redenção. Deus fez o vazio do homem e da miséria, o seu baixo, perdido e arruinado pelo estado em que ele afundou com a queda, uma ocasião de maior avanço da sua própria glória, como em outras formas, de modo particular neste, que é agora mais universal e muito aparente dependência do homem em Deus. Embora Deus seja o prazer de levantar o homem para fora do abismo sombrio do pecado e da desgraça em que ele estava caído, e extremamente exaltá-lo em excelência e honra, e um alto grau de glória e bem-aventurança, ainda que a criatura tem nada em nenhum aspecto para a glória de, evidentemente, toda a glória pertence a Deus, tudo está em um, ea maioria absoluta e divina na mera dependência, Filho e Espírito Santo Padre. E cada pessoa da Trindade é igualmente glorificado neste trabalho: há uma absoluta dependência da criatura em cada um para todos: Tudo é do Pai, tudo por meio do Filho, e todas no Espírito Santo.Assim, Deus aparece na obra da redenção como tudo em todos. É cabido que aquele que é, e não há ninguém mais, deve ser o Alfa eo Ômega, o primeiro eo último, a todos e apenas, no presente trabalho.

2. Daí as doutrinas e os regimes de divindade que se encontram em qualquer relação oposta a essa absoluta e universal a dependência de um em Deus, derrogar a sua glória, e frustrar o projeto da nossa redenção. E como são os esquemas que colocaram a criatura em lugar de Deus, em qualquer dos aspectos mencionados, que o homem exalta, para o lugar de ambos, Filho ou Espírito Santo Padre, em qualquer coisa que dizem respeito à nossa redenção. No entanto, podem permitir que de uma dependência dos redimidos em Deus, mas negam que a dependência é tão absoluta e universal. Eles possuem uma dependência total de Deus para algumas coisas, mas não para os outros, eles próprios, que dependemos de Deus pelo dom e aceitação de um Redentor, mas negam tão absoluta dependência de um sobre ele para a obtenção de um interesse no Redentor. Eles possuem uma dependência absoluta do Pai para dar seu Filho, e do Filho para trabalhar fora de resgate, mas não tão inteira dependência de um sobre o Espírito Santo para a conversão, e um ser em Cristo, e assim chegar a um título a seus benefícios . Eles têm uma dependência de Deus para os meios de graça, mas não é absolutamente a favor e sucesso desses meios, uma dependência parcial do poder de Deus, para a obtenção e no exercício de santidade, mas não uma simples dependência da graça e soberana arbitrária de Deus. Eles têm uma dependência da graça de Deus para uma recepção em seu favor, tanto que ela é, sem qualquer mérito próprio, mas não como ela é, sem ser atraído, ou movido com qualquer excelência. Eles têm uma dependência parcial em Cristo, como ele por meio de quem temos a vida, como ter comprado novas condições de vida, mas ainda espera que a justiça através do qual temos a vida é inerente a nós mesmos, como ele estava sob a primeira aliança. Agora, o esquema é inconsistente com a nossa inteira dependência de Deus para todos, e de ter tudo dele, através dele, e nele, é repugnante para a concepção e conteúdo do evangelho, e rouba-lo de que Deus contas de seu brilho e glória.

3. Daí podemos aprender uma razão pela qual a fé é o meio pelo qual chegamos a ter um interesse neste resgate, pois há a inclusão da natureza da fé, um reconhecimento consciente de absoluta dependência de Deus neste caso. É muito oportuno que deve ser exigido de todos, a fim de terem o benefício da remição, que deve ser consciente de, e reconhecer, a sua dependência de Deus para ele. É por este meio que Deus tem planejado para glorificar a si mesmo em resgate, e ele está apto que ele deveria pelo menos ter essa glória daqueles que são os sujeitos da redenção, e têm o benefício dela .-- A fé é uma sensatez do que é real na obra da redenção e da alma que crê Acaso depender inteiramente de Deus para toda a salvação, em seu sentido próprio e de agir. Fé humilha os homens, e exalta a Deus, que dá toda a glória da redenção para ele sozinho. É necessário para a fé salvadora, que o homem deve ser esvaziado de si mesmo, ser sensível que ele é "um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". A humildade é um grande ingrediente da verdadeira fé: aquele que recebe verdadeiramente a redenção, a recebe como uma criança pequena, Marcos 10:15. "Não deve receber o reino dos céus como um pouco, criança, não entra nele. Aquele" É a alegria de uma alma crente para humilhar-se e exaltar só Deus: essa é a linguagem dele, Salmo 115:1. "Não a nós, ó Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória".

4. Vamos ser exortados a exaltar a Deus sozinho, e atribuir a ele toda a glória da redenção. Esforcemo-nos por obter, e aumento, uma sensatez da nossa grande dependência de Deus, ter nossos olhos com ele sozinho, para mortificar o auto -dependente e auto-justos disposição. O homem é naturalmente superior propensa a se exaltar, e dependem de seu próprio poder ou bondade, como se de si mesmo, ele deve esperar a felicidade. Ele está propenso a ter o respeito alheio aos prazeres de Deus e do seu Espírito, como aqueles em que a felicidade pode ser encontrada .-- Mas essa doutrina deve ensinar-nos a exaltar a Deus por si só, como pela confiança e dependência, por isso, elogios. Aquele que se gloria, na glória do Senhor. Porventura ope homem que ele é convertido e santificado, e que sua mente é dotada de verdadeira excelência e beleza espiritual? que seus pecados estão perdoados, e ele recebeu em favor de Deus, e exaltou a honra ea felicidade de ser seu filho e herdeiro da vida eterna? deixá-lo dar a Deus toda a glória, só o faz diferir da dos piores homens neste mundo, ou a maioria dos miseráveis os condenados no inferno. quem Porventura muito conforto e esperança do homem forte da vida eterna, não deixe seu levantamento esperança -lo, mas dispor-lhe a mais para humilhar-se, para refletir sobre o seu superior a própria indignidade de tal favor, e exaltar a Deus. Existe algum homem eminente em santidade, e abundante em boas obras, deixá-lo levar nada da glória para si mesmo, mas atribuem isso a ele, cuja "obra somos, criados em Jesus para boas obras de Cristo".

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FONTES: http://allenvaz.blogspot.com.br

08:00
George Whitefield
   As glórias dos lugares celestiais entram na minha alma tão rapidamente, e em tão grande medida, que fico engolfado na contemplação delas. Irmãos, a referida redenção é inefável; o olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem entrou no coração dos homens mais santos que existem, conceber quão grande ela é. Se eu fosse entreter-lhes durante eras inteiras com um relato dela, vocês, ao chegarem ao céu, teriam que dizer conforme a rainha de Sabá disse: "Nem metade, nem a milésima parte nos foi contada". Tudo quanto podemos fazer nesse caso é subir ao monte Pisga, e, com o olho da fé, contemplar uma vista distante da terra prometida. Podemos vê-la de longe, como Abraão viu a Cristo, e nos regozijar nela; mas aqui somente a conhecemos em parte.

   Louvado seja Deus, porque virá um tempo em que o conheceremos conforme somos conhecidos, e Ele será tudo em todos. Senhor Jesus, completa o número dos Teus eleitos! 
   Senhor Jesus, apressa a vinda do Teu reino!

   E agora, onde estão os zombadores destes últimos dias, os quais consideram loucura a vida dos cristãos, e sem honra o fim deles? 
    Infelizes! 
   Vocês não sabem o que fazem! 
   Se tivessem os olhos abertos e sentidos para discernir as coisas espirituais, vocês não profeririam todo tipo de maldades contra os filhos de Deus, mas os estimariam como as pessoas excelentes da terra, e invejariam a felicidade deles. Suas almas teriam fome e sede dessa felicidade; vocês também se tornariam fanáticos por amor a Cristo. Vocês se jactam da sua sabedoria; assim faziam os filósofos em Corinto. Todavia a sua sabedoria é estultícia aos olhos de Deus.

   Para o que lhes servirá a sua sabedoria, se não os tornar sábios para a salvação? 
   Podem, com toda a sua sabedoria, propor um esquema mais consistente sobre o qual edificar suas esperanças da salvação, do que aquele que agora lhes foi proposto? 
   Podem, com toda a força da razão natural, achar um meio melhor de aceitação com Deus, do que mediante a justiça do Senhor Jesus Cristo? 
   É certo pensarem que suas próprias obras poderão dalguma maneira merecê-la ou obtê-la? Caso contrário, por que não querem crer nEle? 
   Por que não se submetem à Sua justiça? 
   Vocês podem negar que são todos criaturas caídas? 
   Vocês não percebem que estão cheios de distúrbios, e que esses distúrbios os tornam infelizes? 
   Não percebem que não podem transformar seus próprios corações? 
   Já não fizeram resoluções muitas e muitas vezes, e suas corrupções não continuaram a ter domínio sobre vocês? 
   Acaso não são escravos das suas concupiscências, e o diabo não os leva presos segundo a vontade dele? 
   Por que razão não querem vir a Cristo para receberem a santificação?

   Vocês não desejam ter uma morte como a dos justos, a fim de que tenham um estado futuro igual ao deles? 
   Estou convicto de que não podem aguentar a ideia de serem aniquilados, e muito menos de ficarem eternamente desgraçados. Apesar daquilo que fingem, vocês deverão confessar, se falarem a verdade, que suas consciências os acusam nos momentos mais graves, ainda que não queiram, e até mesmo constrangem vocês a reconhecer que o inferno não é nenhuma ficção. E por que, então, não querem vir para Cristo? 
   Somente Ele pode obter para vocês a redenção eterna. Corram para Ele, pobres pecadores iludidos!
   Falta-lhes sabedoria; peçam-na a Cristo. Quem sabe, Ele a dará a vocês? 
   Ele pode concedê-la, pois Ele é a sabedoria do Pai é aquela sabedoria que foi desde a eternidade.

   Vocês não possuem justiça; recorram a Cristo, portanto. Ele é o fim da lei para a justiça de todo aquele que crê. São ímpios; fujam para o Senhor Jesus. Ele está cheio de graça e de verdade, e da Sua plenitude poderão receber todos quantos nEle crêem. Parece que vocês têm medo de morrer; que esse fato os impulsione a Cristo, Ele tem as chaves da morte e do inferno; nEle há redenção abundante. Por isso, que o raciocinador enganado não se jacte do seu pretenso raciocínio. Seja o que for que pensem, é a coisa mais desarrazoáda no mundo deixar de crer em Jesus Cristo, a quem Deus enviou.

   Por que amigos, por que vocês hão de morrer? 
   Por que não querem vir para Ele, a fim de terem vida? 
   Ah, todos vocês que têm sede, venham às águas da vida e bebam gratuitamente; venham, comprem sem dinheiro e sem preço. Se aqueles privilégios abençoados que nosso texto menciona pudessem ser comprados com dinheiro, vocês poderiam dizer: somos pobres, e não podemos comprar; ou se fossem outorgados somente a pecadores de tal categoria ou posição social, vocês poderiam dizer: como poderão pecadores, tais como nós, esperar que sejam tão altamente favorecidos?

   Entretanto, Deus dá esses privilégios gratuitamente aos piores pecadores. Foram dados a nós, diz o apóstolo, a mim, um perseguidor, a vocês, coríntios, que eram impuros, beberrões, cobiçosos, idolatras. Por isso, cada miserável pecador pode perguntar: por que não a mim, então? 
   Cristo teria uma só bênção para dar? 
   E que dizer se Ele já abençoou a milhares de pessoas, ao desviá-las das suas iniquidades? 
   Todavia, Ele continua o mesmo. Ele vive para sempre a fim de interceder, e, portanto, abençoará a vocês, mesmo a vocês também. Embora, de modo semelhante a Esaú, vocês tenham sido profanos, e até agora tenham desprezado a primogenitura proveniente do seu Pai celestial, mesmo hoje, se crerem, Cristo Se tornará da parte de Deus para vocês "sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção".

   Mas preciso falar novamente aos crentes, cuja instrução, conforme salientei antes, este sermão visa especialmente. Vejam, irmãos, participantes da vocação celestial, que grandes bênçãos estão entesouradas para vocês em Cristo Jesus, seu cabeça, e os direitos que possuem ao crerem no Seu nome. Tomem cuidado, portanto, para andarem na dignidade da vocação com que foram chamados. Pensem frequentemente nos grandes favores que receberam, e lembrem-se: vocês não escolheram a Cristo, mas Cristo escolheu a vocês. Revistam-se (como eleitos de Deus) de humildade de coração, e gloriem-se somente no Senhor, pois vocês nada possuem a não ser aquilo que receberam da parte de Deus. Por natureza, vocês eram tão estultos, tão legalistas, tão ímpios, e estavam numa condição tão condenável como os demais.

   Sejam misericordiosos, portanto, sejam corteses, e, visto que a santificação é uma obra progressiva, acautelem-se de pensar que já alcançaram tudo. Aquele que é santo, continue sendo santo; sabendo que aquele que é mais puro de coração, desfrutará futuramente da visão mais nítida de Deus. Que o pecado que habita em vocês seja sua preocupação diária; não somente lastimem e lamentem, mas cuidem de subjugá-lo diariamente pelo poder da graça divina. Olhem sempre para Jesus como sendo o consumador, e não somente o autor, da sua fé. Não se firmem na sua própria fidelidade, e sim na imutabilidade de Deus. Cuidem em não pensar que vocês estão firmes pelo poder do seu próprio livre-arbítrio. O amor eterno de Deus Pai deve ser a única esperança e consolo que vocês têm.

   Que esse amor os sustente em todas as provações. Lembrem-se de que os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento; que Cristo, tendo amado vocês, os amará até o fim. E que isto constranja vocês a obediência, e os faça anelar por aquele tempo abençoado quando Ele será não somente sua sabedoria, justiça e santificação, mas também sua redenção completa e eterna. "Glória a Deus nas alturas!"

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Fonte: Ortopraxia

01:47
por Charles Haddon Spurgeon
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Algumas citações do Sermão do Ebook: 

“Jesus Cristo diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e a oprimidos, e eu vos aliviarei.” Você ouve suas palavras convidativas? Você vai desviar de Seus doces olhares de misericórdia? A Sua Cruz não te influencia? Não têm os seus sofrimentos poder para trazê-lo aos Seus pés? Ah, então o que posso dizer? Apenas o braço do Espírito, que é mais poderoso do que o homem, pode fazer derreter corações duros e curvar vontades obstinadas para o chão! Pecadores, se vocês confessarem os seus pecados, nesta manhã, há um Cristo para você [...]. A Palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração. Se você, com seu coração, crer - e com a boca confessar o Senhor Jesus, você será salvo, pois, “Aquele que crê e for batizado será salvo, mas aquele que não crê será condenado”.

“Parece impressionante como se um homem pudesse formar chuva a partir fogo, ou se ele pudesse fabricar alguns vasos de alabastro precioso a partir do refugo do monturo! Deus em Sua misericórdia faz mais do que tornar cristãos sem meios - Ele utiliza meios maus para fazer bons homens e por isso Ele ainda reflete sobre si o crédito, pois Seus instrumentos são, todos eles, tais coisas miseráveis! Eles são todos esses vasos de barro que nem sequer possuem a glória do ouro que comportam – como a folha que apresenta a joia, ou como o mancha escura na pintura que faz da luz mais brilhante! E ainda o ponto escuro e da folha não são, em si, dispendiosos ou valiosos. Assim, Deus usa instrumentos para expressar a sua própria glória e exaltar a Si Mesmo”

“Muitos de vocês sentem que não pode escrevem ou pregar – você pensa que não pode fazer nada! Bem, há uma coisa que você pode fazer pelo seu mestre – você pode viver o Cristianismo”.

“[...] quantas almas podem ser convertidas por que alguns homens têm o privilégio de escrever e imprimir! [...]. Eu valorizo livros pelo bem que pode fazer para a alma dos homens”.

“[...] a pregação é o meio ordenado para a salvação dos pecadores, e por isso, dez vezes mais são trazidos para o Salvador por ela do que por qualquer outro. Ah, meus amigos, ter sido o meio de salvar almas da morte pela pregação - Quanta honra! Há um jovem que não faz muito tempo iniciou sua carreira ministerial. Quando ele entra no púlpito, todo mundo percebe que uma profunda solenidade existe sobre ele, além de seus anos. Sua face é branca e empalidecida por uma solenidade sobrenatural. Seu corpo é encolhido por seu trabalho. Estudos constantes e luzes à meia noite têm desgastado sua constituição – mas quando ele fala ele profere palavras maravilhosas que elevam a alma para o céu!”

“Deus fez uma vez uma jumenta falar a Balaão, mas isso não prejudicou suas palavras. Portanto, Ele fala, e não simplesmente por um jumento, que Ele frequentemente faz, mas por algo pior do que isso! Ele pode encher a boca dos corvos com alimentos para um Elias, e ainda assim o corvo é ainda um corvo. Não devemos supor que, porque Deus nos fez úteis, somos, portanto, convertidos!”

“Oh, homens e mulheres, como você pode gastar melhor seu tempo e riqueza do que na causa do Redentor? Que empreendimento mais santo você pode se envolver que neste sagrado [empreendimento] de salvar almas da morte e esconder uma multidão de pecados? Esta é uma riqueza que pode levar com você – a riqueza que foi adquirida debaixo de Deus por ter salvo almas da morte e coberto uma multidão de pecados!”

“Oh, que Deus em Sua misericórdia arrebate-os como tições do fogo para serem troféus de Sua graça por toda a eternidade! A maneira de ser salvo é “renunciar suas obras e caminhos com pesar”, e voar para Jesus. E se agora você é um pecador de consciência atingida, isto é tudo que eu quero! Se você confessar que você é um pecador, isto é tudo o que Deus requer de você e até isto Ele mesmo lhe dá!”

♦ Fonte: www.SpurgeonGems.org

01:41

Algumas Citações do Sermão:

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“(...) a Bíblia, toda a Bíblia e nada além da Bíblia é o estandarte do verdadeiro Cristão!”

“Deus não permita que eu corrompa de tal maneira a minha natureza e de tal maneira me endureça, que não chegue a derramar nenhuma lágrima, quando considere a perdição dos seres humanos que me rodeiam (...)”

“Quem prega melhor, sente que prega pior.”

“A primeira resposta que darei à pergunta é esta: Pregar o Evangelho é expor cada doutrina contida na Palavra de Deus, e dar para cada verdade sua própria proeminência. Os homens podem pregar uma parte do Evangelho; podem pregar unicamente uma só doutrina do Evangelho; e eu não diria que um homem não prega em absoluto o Evangelho se só sustenta a doutrina da justificação pela fé, “Porque pela graça sois salvos por meio da fé”. Eu considerá-lo-ia um ministro do Evangelho, mas é alguém que não prega todo o Evangelho. Não pode afirmar-se que um homem prega todo o Evangelho Deus, se deixa de lado, consciente e intencionalmente, uma só verdade do nosso bendito Deus!”

“Mas, nos corresponde julgar a Verdade de Deus? Devemos colocar Suas palavras na balança e dizer: “Isto é bom e isto é mal”? Devemos tomar a Bíblia e amputá-la e dizer: “Isto é palha e isto é grão”? Devemos desfazer-nos de alguma das Verdades dizendo: “Não me atrevo a pregá-la”? Não, Deus não permita! Qualquer coisa que está escrita na palavra de Deus, é para nossa instrução: Toda ela é útil, seja para repreensão, ou para consolo, ou para a instrução em justiça. Nenhuma Verdade da Palavra deve ser ocultada, antes cada porção dela deve ser pregada segundo seu ordem correta!”

“Ah! Meus amigos, acaso não devemos exaltar mais ainda a Cristo em nossa pregação, e exaltar mais ainda a Cristo em nossas vidas? A pobre Maria disse: “Retiraram ao Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram”, e poderia dizer agora o mesmo se ele saísse da tumba. Oh, que haja sempre um ministério que só exalte a Cristo! Oh, que tenhamos pregações que magnifiquem a Cristo em Sua Pessoa, que exaltem Sua Divindade, que amem a Sua Humanidade! Oh, que a pregação sempre mostre a Ele como Profeta, Sacerdote e Rei para Seu povo! Que o Espírito manifeste ao Filho de Deus à Seus filhos através da pregação! Precisamos ter uma pregação que diga: “Olhai a mim e sereis salvos, vós todos os confins da terra!” Pregação do Calvário, teologia do Calvário, livros sobre o Calvário, sermões sobre o Calvário! Estas são as coisas que queremos e na proporção em que o Calvário seja exaltado e Cristo seja engrandecido, nessa medida o Evangelho é pregado em nosso meio”.

“(...) pregar o Evangelho não é pregar certas verdades com respeito ao Evangelho; não e pregar sobre pessoas, se não pregar às pessoas. Pregar o Evangelho não consiste em falar sobre o que o Evangelho é, senão em pregá-lo ao coração, não por meio do teu próprio poder, senão debaixo da influência do Espírito Santo. Não é estar no púlpito e falar como se nós estivéssemos dirigindo ao anjo Gabriel dizendo-lhe certas coisas, senão falar de homem a homem e derramar nosso coração no coração do companheiro. Isto, creio eu, é pregar o Evangelho e não pronunciar entre os dentes algum árido manuscrito no Domingo à manhã ou à noite. Pregar o Evangelho não é mandar a um padre para que faça o trabalho por ti; não é vestir a roupa fina e pronunciar uma altíssima dissertação. Pregar o Evangelho não é, com as mãos de o bispo, fazer uma oração que constitui um belo exemplar e logo ceder ao púlpito para que uma pessoa mais humilde pregue. Não. Pregar o Evangelho é proclamar com língua de trombeta e zelo aceso as inescrutáveis riquezas de Cristo Jesus, para que os homens possam ouvir, e entendendo, possam voltar-se a Deus com todo seu coração. Isto é pregar o Evangelho”.

“Eu não acho que os jovens são chamados por Deus a qualquer grande obra que pregam uma vez por semana e pensam que têm feito o seu dever. Eu acho que se Deus chamou um homem, Ele vai impeli-lo a ser mais ou menos constantemente para ele e ele vai sentir que ele deve pregar entre as nações as insondáveis riquezas de Cristo!”

“Parar de pregar? Parar de pregar? Deixe o sol parar de brilhar e vamos pregar na escuridão! Deixe as ondas parar o seu fluxo e refluxo e ainda a nossa voz deve anunciar o Evangelho! Deixe o mundo parar de suas revoluções, deixe-os planetas cessarem seu movimento – nós ainda vamos pregar o Evangelho.”

“Mas oh, meus amigos, se é este o ai de nós se não pregarmos o Evangelho, qual é o ai de vocês se ouvirem e não receberem o Evangelho?”

♦ Fonte: www.SpurgeonGems.org

04:24
A Bíblia
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Um Sermão (Nº 0015)
Pregado na Manhã de Domingo, 18 de Março de 1855 pelo Reverendo C. H. Spurgeon
No Exeter Hall, Strand— Londres —Inglaterra.

“Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”
(Oséias 8:12)

Esta é a queixa de Deus contra Efraim. Não é uma prova insignificante de Sua bondade, que Ele se incline para repreender Suas criaturas errantes; é uma grandiosa evidência de Sua disposição cheia de graça, que incline Sua cabeça para observar os assuntos da terra. Se Ele quisesse, poderia Se envolver com a noite como se fosse um vestido; poderia colocar as estrelas ao redor de Sua mão como se fossem um bracelete e unir os sóis ao redor de Sua testa como um diadema; poderia morar só, longe, muito acima deste mundo, acima do sétimo céu, e contemplar com calma e silenciosa indiferença todas as atividades das criaturas.

Poderia fazer como Júpiter que, segundo criam os pagãos, se assentava em perpétuo silêncio, fazendo cenas às vezes com sua terrível cabeça, para fazer com que os destinos se movam segundo lhe agrade, porém ignorando as coisas pequenas da terra, e considerando-as indignas de chamar sua atenção; absorto em seu próprio ser, absorto em Si mesmo, vivendo só e separado. E eu, como uma de Suas criaturas, poderia subir ao cume de uma montanha e olhar para as estrelas silenciosas e dizer-lhes: “Vós sois os olhos de Deus, porém não olhais para mim; a vossa luz é um dom de Sua onipotência, porém esses raios não são sorrisos de amor para mim. Deus, o poderoso Criador, me esqueceu; sou uma gota desprezível no oceano da criação, uma folha seca no bosque dos seres viventes, um átomo na montanha da existência. Ele não me conhece, estou só, só, só”.

Porém não é assim, amados. Nosso Deus é de uma ordem diferente. Ele observa a cada um de nós. Não existe nem mesmo um pardal ou um verme que não se encontre em Seus decretos. Não há uma pessoa sobre a qual não estejam os Seus olhos. Nossos atos mais secretos são conhecidos por Ele. Qualquer coisa que façamos, que suportemos ou soframos, o olho de Deus sempre descansa sob nós e Seu sorriso nos cobre, pois somos Seu povo; ou a Sua desaprovação nos envolve, pois temos nos apartado dEle.

Oh! Deus é dez mil vezes misericordioso, pois contemplando a raça do homem, não finda com sua existência. Vemos por nosso texto que se interessa pelo homem, porquanto disse a Efraim: “Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”. Porém, vejam como quando observa o pecado do homem, não o destrói ou despreza a ponta-pés, nem tampouco o sacode pelo pescoço sobre o abismo do inferno até fazer sua mente cambalear pelo terror, para, finalmente, lançá-lo nele para sempre; pelo contrário, Deus desce do céu para argumentar com Suas criaturas, discute com elas, Se rebaixa, por assim dizer, ao mesmo nível do pecador, lhe expõe Suas queixas e alega os Seus direitos. Oh! Efraim, “escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”.

Venho esta noite como enviado de Deus, amigos meus, para tratar com vocês como embaixador de Deus, para acusar de pecado a muitos de vocês; para fazer-lhes ver sua condição, com o poder do Espírito; para convencer-lhes do pecado, da justiça e do juízo vindouro. O crime do qual vos acuso é o pecado que lemos neste texto. Deus escreveu as grandezas de Sua lei, e elas foram tidas como coisa estranha. É precisamente sobre este bendito livro, a Bíblia, que pretendo falar no dia de hoje. Aqui está meu texto: esta é a Palavra de Deus. Aqui está o tema de meu sermão, um tema que demanda mais eloqüência do que a que possuo; um assunto sobre o qual poderiam falar milhares de oradores ao mesmo tempo; um tema poderoso, amplo e um assunto inesgotável que, ainda que consumindo toda a eloqüência da eternidade, não permaneceria esgotado.

Esta noite tenho três coisas para dizer acerca da Bíblia, e as três se encontram no meu texto. Primeira, Seu autor: “[Eu] escrevi-lhes”; segunda, seus temas: as grandezas da lei de Deus; e terceira, seu tratamento generalizado: foram tidas pela maioria dos homens como coisa estranha.

I. Primeiro, então, com relação a este livro, quem é O AUTOR? O texto nos diz que é Deus. “Eu escrevi-lhes as grandezas de minha lei”. Aqui está minha Bíblia, quem a escreveu? Abro-a e observo que se compõe de uma série de tratados. Os primeiros cinco livros foram escritos por um homem chamado Moisés. Passo as páginas, e vejo que há outros escritores tais como Davi e Salomão. Aqui leio Miquéias, então Amós, então Oséias. Prossigo adiante e chego às luminosas páginas do Novo Testamento, e vejo Mateus, Marcos, Lucas e João; Paulo, Pedro, Tiago e outros; porém, quando fecho o livro, me pergunto: quem é o seu autor? Podem estes homens, juntamente, reivindicar a autoria deste livro? São eles realmente os autores deste extenso volume? Divide-se entre todos eles a honra? Nossa santa religião responde: Não!

Este volume é a escrita do Deus vivo: cada letra foi escrita por um dedo Todo-poderoso; cada palavra saiu dos lábios eternos, cada frase foi ditada pelo Espírito Santo. Ainda que Moisés tenha sido usado para escrever suas histórias com sua ardente pluma, Deus guiou essa pluma. Pode ser que Davi tenha tocado sua harpa, fazendo que doces e melodiosos salmos brotassem de seus dedos, porém Deus movia Suas mãos sobre as cordas vivas de sua harpa de ouro. Pode ser que Salomão que tenha cantado os Cânticos de amor, ou pronunciado palavras de sabedoria consumada, porém Deus dirigiu seus lábios, e fez eloqüente ao Pregador. Se sigo ao trovejador Naum, quando seus cavalos aram as águas, ou a Habacuque quando vê as tendas de Cusã em aflição; se leio Malaquias, quando a terra está ardendo como um forno; se passo para as serenas páginas de João, que nos falam de amor, ou para os severos e fogosos capítulos de Pedro, que falam do fogo que devora os inimigos de Deus, ou para Judas, que lança anátemas contra os adversários de Deus; em todas partes vejo que é Deus quem fala.

É a voz de Deus, não do homem; as palavras são as palavras de Deus, as palavras do Eterno, do Invisível, do Todo-poderoso, do Jeová desta terra. Esta Bíblia é a Bíblia de Deus; e quando a vejo, parece que ouço uma voz que surge dela, dizendo: “Sou o livro de Deus; homem, leia-me. Sou a escrita de Deus: abra minhas folhas, porque foram escritas por Deus; leia-as, porque Ele é meu autor, e O verá visível e manifesto em todas as partes”. “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”.

Como sabemos que Deus escreveu este livro? Não tentarei responder a esta pergunta. Poderia fazê-lo se quisesse, porque há razões e argumentos suficientes, porém não penso em roubar o vosso tempo nesta noite, expondo esses argumentos à vossa consideração; sim, não farei isso. Se quisesse, poderia lhes dizer que a grandeza do estilo está acima de qualquer escrita mortal, e que todos os poetas que já existiram no mundo, com todas suas obras juntas, não poderiam nos oferecer uma poesia tão sublime, nem uma linguagem tão poderosa como podemos encontrar nas Escrituras.

Poderia insistir que os temas que se tratam na Bíblia estão muito acima do intelecto humano; que o homem nunca poderia ter inventado as grandes doutrinas da Trindade na Deidade; que o homem nunca poderia ter nos dito nada da criação do universo; nenhum ser humano poderia ter sido o autor da sublime idéia da Providência; que todas as coisas são ordenadas segundo a vontade de um grandioso Ser Supremo, e que todas elas cooperam juntamente para o bem. Poderia falar-lhes acerca de sua honestidade, pois relata as falhas de seus escritores; de sua unidade, pois nunca se contradiz; de sua simplicidade magistral, para que o mais simples a possa ler. E poderia mencionar centenas de coisas mais, que poderiam demonstrar com claridade que o livro é de Deus. Porém, não vim aqui para provar isso.

Sou um ministro cristão, e vocês são cristãos, ou professam sê-lo; e nenhum ministro cristão precisa provar seu ponto de vista, trazendo os argumentos dos pagãos para respondê-los. É a maior insensatez do mundo. Os infiéis, pobres criaturas, não conhecem seus próprios argumentos até que nós lhes contemos, e eles, juntando-os pouco a pouco, voltam a lançar-lhes como lanças sem pontas contra o escudo da verdade. É uma insensatez tirar estes tições do fogo do inferno, ainda que estejamos bem preparados para apagá-los. Deixemos que os homens do mundo aprendam o erro por si mesmos; não sejamos propagadores e suas falsidades. É certo que há pregadores que, não contando com os argumentos suficientes, os tiram de qualquer parte; porém os homens eleitos pelo próprio Deus não necessitam fazer isso; eles são ensinados por Deus, e Deus lhes supre os temas, as palavras e o poder.

Talvez haja alguém aqui nesta noite que tenha vindo sem fé, um homem racionalista, um livre pensador. Com esse homem não irei discutir. Confesso que não estou aqui para participar de controvérsias, mas para pregar o que conheço e sinto. Porém eu também já fui como esse homem. Houve uma hora má em minha vida, quando soltei a âncora da minha fé; eu cortei o cabo das minhas crenças e, já não querendo estar por mais tempo ao abrigo das costas da Revelação, deixei que meu navio andasse a deriva, impulsionado pelo vento. Disse à razão: “Sê minha capitã”; disse ao meu próprio cérebro: “sê meu timão”. E assim comecei minha louca viagem. Graças a Deus tudo isso já terminou. Porem, lhes contarei sua breve história.

Foi uma navegação precipitada pelo tempestuoso oceano do livre pensamento. Conforme avançava, os céus começaram a escurecer; porém, para compensar essa deficiência, as águas eram brilhantes com fulgores esplendorosos. Eu via que subiam centelhas que me agradavam, e pensei: “Se isto é o livre pensamento, é algo maravilhoso”. Meus pensamentos pareciam jóias e eu espalhava estrelas com minhas duas mãos; porém imediatamente, no lugar daqueles fulgores de glória, vi amargos amigos, ferozes e terríveis, surgindo das águas, e conforme prosseguia, eles rangiam seus dentes e zombavam de mim; eles se apegaram à proa do meu navio e me arrastaram. Enquanto eu, em parte, me gloriava da rapidez com que me movia, me estremecia, contudo, pela velocidade terrível com que deixava para trás os velhos pilares da minha fé.

Conforme seguia avançando a uma velocidade espantosa, comecei a duvidar da minha própria existência; duvidava que o mundo existisse; duvidava que houvesse tal coisa como meu próprio eu. Cheguei à própria borda dos domínios sombrios da incredulidade. Fui até ao próprio fundo do mar da infidelidade. Duvidava de tudo. Porém aqui Satanás enganou a si mesmo, porque a própria extravagância das dúvidas me demonstrou o absurdo delas. Justamente quando vi o fundo desse mar, escutei uma voz que dizia: “E pode esta dúvida ser verdade?” Por causa deste pensamento voltei à realidade. Despertei-me desse sono de morte, que, Deus o sabe, poderia ter condenado minha alma e destruído meu corpo, se não tivesse despertado.

Quando me levantei, a fé tomou o timão; a partir desse momento já não duvidei. A fé conduziu meu navio de volta; a fé gritava: “Longe daqui, longe daqui!” Lancei minha âncora no Calvário; alcei meus olhos a Deus, e eis-me aqui vivo e fora do inferno. Portanto, eu digo o que sei. Naveguei nessa viagem perigosa; regressei ao porto são e salvo. Peça-me que seja outra vez um incrédulo! Não, já o provei. Foi doce ao princípio, mas amargo depois. Agora, atado ao Evangelho de Deus mais firmemente do que nunca, parado sobre uma rocha mais dura do que o diamante, desafio os argumentos do inferno a que me movam, “porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” .

Porém, não vou refutar nem argumentar nesta noite. Vocês professam ser homens cristãos, pois do contrário não estariam aqui. Vossa profissão pode ser falsa; o que vocês dizem ser, pode ser exatamente o contrário do que realmente são. Porém, ainda assim, eu suponho que todos vocês admitem que esta é a Palavra de Deus. Portanto, um ou dois pensamentos sobre isto. “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei”.

Primeiro, meus amigos, examinem este volume e admirem sua autoridade. Este não é um livro comum. Não contém os ditos dos sábios da Grécia, nem os discursos dos filósofos da antiguidade. Se estas palavras tivessem sido escritas pelo homem, poderíamos rejeitá-las; porém, oh!, deixe-me pensar um pensamento solene: que este livro é a letra de Deus, que estas são Suas palavras. Deixe-me investigar sua antiguidade: está datado das colinas do céu. Permita-me que olhe suas letras: relampejam glória em meus olhos. Deixe-me ler seus capítulos: seu significado é grandioso e contêm mistérios escondidos. Nos voltemos para as profecias: estão cheias de maravilhas inefáveis. Oh, livro dos livros! E foste tu escrito por meu Deus? Então, me prostro diante de ti. Tu, livro de vasta autoridade; tu és uma proclamação do Imperador do Céu. Longe esteja de mim exercitar minha razão para contradizer-te. Razão!, tua função é considerar e averiguar o que este volume quer dizer, e não estabelecer o que deveria dizer.

Vamos, vós, minha razão e meu intelecto, sentem-se e escutem, porque estas palavras são as palavras de Deus. Sinto-me incapaz de estender-me neste pensamento. Oh, se tu pudesses recordar sempre que esta Bíblia foi verdadeira e realmente escrita por Deus! Oh! se se lhes houvesse permitido entrar nas câmaras secretas do céu, e tivessem podido contemplar a Deus quando tomava Sua pluma e escrevia estas letras, então com seguranças as respeitariam. Porém, são efetivamente o manuscrito de Deus, tanto como se vocês tivessem visto Deus escrevendo-as. Esta Bíblia é um livro de autoridade, é um livro autorizado, pois Deus o escreveu. Oh, temam, não a desprezem; observem sua autoridade, porque é a palavra de Deus.

Então, posto que Deus a escreveu, notem sua veracidade. Se eu a tivesse escrito, haveria vermes críticos que de imediato a atropelariam, e a cobririam com suas larvas malvadas. Se eu a tivesse escrito, não faltariam homens que a despedaçassem imediatamente, e talvez com muita razão. Porém, esta é a Palavra de Deus. Aproximem-se, investiguem, vós críticos, e encontrem uma falha; examinem-na desde seu Gênesis até seu Apocalipse, e encontrem um erro. Esta é uma veia de puro ouro, sem mescla de quartzo, ou de qualquer outra substância terrena. Esta é uma estrela sem mancha, um sol de perfeição, uma luz sem sombra, uma lua sem sua palidez, uma glória sem penumbra.

Oh, Bíblia, não se pode dizer de nenhum outro livro que seja perfeito e puro; porém, nós podemos declarar de ti que toda a sabedoria se encontra encerrada em ti, e não há nenhuma partícula de insensatez. Este é o juiz que põe fim a toda discussão, ali onde a inteligência e a razão fracassam. Este livro não tem mancha de erro; mas é puro, sem mesclas, a verdade perfeita. Por que? Porque Deus o escreveu. Ah! Acusem Deus de erro, se querem; digam-Lhe que Seu livro não é o que deveria ser.

Tenho ouvido de homens cheio de orgulho e falsa modéstia, que gostariam de alterar a Bíblia, e (quase me ruborizo de dizer) tenho ouvido de alguns ministros que alteraram a Bíblia de Deus, porque tinham medo dela. Vocês nunca ouviram um homem dizer: “Aquele que crer e for batizado, será salvo; mas o que não crê” — o que a Bíblia diz? — “Será condenado”. Porém, acontece que isto é algo rude, portanto eles dizem: “será desaprovado”. Cavaleiros!, eliminem o veludo de suas bocas, e preguem a Palavra de Deus; não necessitamos de nenhuma de suas alterações. Tenho escutado algumas pessoas que, orando, ao invés de dizer: “fazer firme vossa vocação e eleição”, dizem: “fazer firme vossa vocação e salvação”. É uma lástima que não tenham nascido quando Deus morava nos tempos remotos, há muito, muito tempo, para que tivessem podido ensinar a Deus como escrever. Oh!, desonestidade além de todo limite! Oh!, orgulho desmedido! Tratar de ditar ao Sábio dos sábios, de ensinar ao Onisciente e de instruir ao Eterno! É estranho que haja homens tão vis que usem o canivete de Jeioaquim para mutilar passagem da Palavra, porque têm mau sabor. Oh, vocês que sentem aversão por certas porções da Santa Escritura, tenham a certeza de que seu gosto é corrompido e que a vontade de Deus não se sujeita à pobre opinião de vocês. Tua desaprovação é precisamente a razão pela qual Deus a escreveu; porque não se deve acomodar a ti, nem tens direito de ser agradado. Deus escreveu o que não te agrada: escreveu a verdade. Oh, prostremo-nos em reverência diante dela, pois Deus a inspirou. É verdade pura. Desta fonte manda aqua vitae — a água da vida — sem nenhuma partícula de terra; deste sol nascem raios de esplendor sem sombra alguma. Bendita Bíblia; tu és toda a verdade.

Antes de deixar este ponto, detenhamo-nos a considerar a natureza misericordiosa de Deus, em ter-nos escrito uma Bíblia. Ah! Ele poderia ter-nos deixado sem ela, que tatearíamos nosso caminho de trevas, como os cegos buscam a parede; Ele poderia ter-nos deixado em nosso extravio, com a estrela da razão como nosso único guia. Recordo uma história do Sr. Hume, que constantemente afirmava que a luz da razão é suficiente em abundância. Estando na casa de um bom ministro de Deus numa noite, havia estado discutindo sobre este assunto, manifestando sua firme convicção na suficiência da luz da natureza. Ao sair, o ministro lhe ofereceu uma vela, para iluminar, enquanto ele descia a escadaria. Ele disse: “não, a luz da natureza será suficiente; a luz me bastará”. Porém, ocorreu que uma nuvem estava ocultando a lua, e ele caiu, escadaria abaixo. “Ah!”, disse o ministro, “apesar de tudo, teria sido melhor haver tido uma pequena luz daqui de cima, Sr. Hume”.

Então, ainda que supondo que a luz natural fosse suficiente, seria melhor que tivéssemos um pouco de luz de cima, e desta maneira estaríamos seguros de estarmos certos. É melhor ter duas luzes do que uma. A luz da criação é muito brilhante. Podemos ver a Deus nas estrelas; Seu nome está escrito com letras de ouro no rosto da noite; podem descobrir Sua glória nas orlas do oceano, sim, e nas árvores do campo. Porém, é melhor ler em dois livros, do que em um. Vocês O encontrarão mais claramente revelado, porque Ele mesmo escreveu este livro e nos deu a chave para entendê-lo, se vocês têm o Espírito Santo. Amados irmãos, demos graças a Deus por esta Bíblia. Amemo-la e consideremo-la mais preciosa do que o ouro mais fino.

Porém, permitam-me dizer uma coisa, antes de passar para o segundo ponto. Se esta é a Palavra de Deus, que será de alguns de vocês que não a tem lido durante todo o último mês? “O senhor disse um mês? Eu não a li durante todo este ano!” Ah, e muitos de vocês não a leram nunca. A maioria das pessoas trata a Bíblia de uma maneira mui cortês. Têm uma edição de bolso belamente encadernada, a envolvem num pano branco, e assim a levam ao lugar do culto. Quando regressam para casa, a guardam numa gaveta até o próximo Domingo pela manhã. Então, lá voltam a tirar para um passeio, e a levam à capela; tudo quanto a pobre Bíblia recebe é este passeio dominical. Esse é seu estilo de tratar este mensageiro celestial. Há pó suficiente sobre algumas de suas Bíblias para escrever “condenação” com seus próprios dedos. Muitos de vocês nem sequer a tem folheado há muito, muito, muito tempo e, que pensam?

Digo-vos palavras duras, porém palavras verdadeiras. Que dirá Deus, finalmente? Quando chegarem a Sua presença, Ele perguntará: “Leste minha Bíblia?” “Não”.“Escrevi-te uma carta de misericórdia, a leste?” “Não”. “Rebelde! Enviei-te uma carta, convidando-te a Mim, a leste alguma vez” “Senhor, nunca rompi o selo: sempre a guardo bem fechada”. “Maldito”, diz Deus, “então, tu mereces o inferno; se te enviei uma epístola de amor, e nem sequer quiseste romper o selo, que farei contigo?” Oh! Não permitam que isso lhes suceda. Sejam leitores da Bíblia, sejam esquadrinhadores da Bíblia.

II. Nosso segundo ponto é: OS TEMAS DOS QUAIS A BÍBLIA TRATA. As palavras do texto são estas: “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei”. A Bíblia fala de grandes coisas e somente de grandes coisas. Não há nada na Bíblia que não seja importante. Cada versículo contém um solene significado, e se todavia não o temos encontrado, esperamos fazê-lo. Vocês têm visto múmias, cobertas com dobras de pano de linho. Bem, a Bíblia é Deus é algo parecido; há numerosos rolos de linho branco, tecidos no tear da verdade; de maneira que terão que continuar desatando, rolo após rolo, até encontrar o verdadeiro significado do que está escondido; e quando crerem ter encontrado, ainda assim continuarão desatando, desatando, e durante toda a eternidade vocês estarão desatando as palavras deste grandioso volume. Não há nada na Bíblia que não seja grandioso. Permitam-me dividir, para ser mais breve. Primeiro, todas as coisas nesta Bíblia são grandiosas; segundo, algumas coisas as mais grandiosas de todas.

Todas as coisas da Bíblia são grandiosas. Algumas pessoas pensam que não importa a doutrina na qual alguém crê; que algo secundário a que igreja você assiste; que todas as denominações são iguais. Há um ser, a senhora Intolerância, a qual eu detesto mais do que ninguém neste mundo, e a qual jamais fiz algum cumprimento ou elogio; porém, há outra pessoa a qual odeio igualmente; trata-se do senhor Latitudinarismo [1], indivíduo bem conhecido que descobriu que todos somos iguais. Agora, eu creio que uma pessoa pode ser salva em qualquer igreja. Algumas têm sido salvas na igreja de Roma, uns poucos homens benditos cujos nomes poderia citar aqui. Também sei, bendito seja Deus, que grandes multidões são salvas na igreja da Inglaterra; nela há uma hoste de sinceros e piedosos homens de oração. Creio que todos os ramos do protestantismo cristão têm um remanescente segundo a eleição da graça; e que necessitam ter, algumas delas, um pouco de sal, pois do contrário se corromperiam. Porém quando disso isso, vocês imaginam que coloco todas elas no mesmo nível? Estão todas igualmente certas? Uma diz que o batismo de infantes é correto, outras afirmam que não é correto. Alguns dizem que ambas têm razão, porém eu não vejo assim. Uma ensina que somos salvos pela graça soberana, outra diz que não, senão que é nosso livre-arbítrio que nos salva; contudo, outras dizem que as duas coisas estão certas. Eu não entendo assim. Uma diz que Deus ama o Seu povo e que nunca deixará de amá-lo; outra afirma que Ele não amou o Seu povo antes que esse povo O amasse; que umas vezes o ama e outras deixam de amá-lo, e Se afasta deles. Ambas podem ter razão no essencial, porém nunca quando uma diz “Sim” e outra “Não”. Para ver assim necessitaria de um par de óculos, que me capacitassem a olhar para trás e para frente ao mesmo tempo. Não pode ser, senhores, que ambas tenham razão, apesar de que há quem diga que as diferenças não são essenciais.

Este texto diz: “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei”. Não há nada na Bíblia de Deus que não seja grandioso. Vocês nunca pararam alguma vez para ver qual é a religião mais pura? “Oh”, dizem, “nunca nos molestamos com isso. Nós simplesmente vamos aonde nosso pai e nossa mãe foram”. Ah! Essa é certamente uma razão muito profunda. Vocês vão onde seus pais foram. Eu creia que vocês eram pessoas sensatas, e nunca pensei que se deixaram levar pelos outros, em vez de por sua própria convicção. Eu amo meus pais acima de tudo que respira, e o simples fato de que creram que uma coisa é verdade, me ajuda a pensar que o é; porém, eu não lhes segui. Pertenço a uma denominação diferente, e dou graças a Deus por isso. Posso recebê-los como irmãos e irmãs em Cristo, mas nunca pensei que, porque eles foram uma coisa, eu tinha que ser o mesmo. Nada disso. Deus me deu um cérebro e devo utilizá-lo; e se vocês têm algum intelecto, devem usá-lo também.

Nunca digam que não importa. Claro que importa. Tudo quanto Deus escreveu aqui é de importância eminente; Ele jamais teria escrito uma coisa que fosse indiferente. Tudo quanto há aqui tem um valor; portanto, esquadrinhem todos os temas, provem tudo pela Palavra de Deus. Não tenho nenhuma objeção a que tudo o que eu pregue seja provado por este livro. Dêem-me somente um auditório imparcial e nenhum favor especial, e este livro; e se digo algo contrário a ele, retratar-me-ei no domingo seguinte. Por isto me mantenho firme ou caio. Busquem e olhem, porém nunca digam: “Não importa”. Quando Deus diz algo, sempre deve ser importante.

Porém, ainda que todas as coisas na Palavra de Deus sejam importantes, nem tudo é igualmente importante. Há certas verdades vitais e fundamentais que devem ser cridas, ou do contrário o homem não poderá ser salvo. Se querem saber o que é que devem crer para serem salvos, encontrarão as grandezas da lei de Deus entre estas duas capas; todas estão contidas aqui. Como compêndio ou resumo das grandezas da lei, recordo o que um velho amigo meu disse certa vez: “Ah! Pregue os três R's e Deus sempre te abençoará”. Eu perguntei: “O que são estes três R's?” E ele me respondeu: “Ruína, Redenção e Regeneração”. Estas três coisas contêm a essência e o todo da teologia. “R” de Ruína. Todos fomos arruinados na queda, todos nos perdemos quando Adão pecou e todos estamos arruinados pelas nossas próprias transgressões; todos estamos arruinados pelos nossos corações perversos, por nossos desejos maus, e todos estaremos arruinados, a menos que a graça nos salve. Então, vêm o segundo “R”, de redenção. Somos redimidos pelo sangue de Cristo, um Cordeiro sem mancha, nem contaminação; somos resgatados por Seu poder, somos redimidos por Seus méritos; e resgatados por Sua força. Continuando, temos o “R” de regeneração. Se quisermos ser perdoados, temos também que ser regenerados, porque ninguém pode ser partícipe da redenção sem ser regenerado. Podemos ser tão bons como queiramos, e servir a Deus segundo o imaginemos, segundo queiramos; porém, se não tivermos sido regenerados, se não temos um coração novo, se não nascemos de novo, ainda estamos na primeira “R”, isto é, na ruína.

Este é um pequeno resumo do Evangelho, porém creio que há um outro melhor nos cinco pontos do calvinismo: Eleição segundo a presciência de Deus, a depravação natural e a pecaminosidade do homem, a redenção particular pelo sangue de Cristo, o chamado eficaz pelo poder do Espírito e a perseverança final pelo poder de Deus. Para sermos salvos, devemos crer nestes cinco pontos; porém não gostaria de escrever um credo como o de Atanásio, que começa assim: “Todo aquele que quiser ser salvo, deverá crer em primeiro lugar na fé católica, a qual é esta”; ao chegar a este ponto, teria que me deter porque não saberia como continuar. Sustento a fé católica da Bíblia, toda a Bíblia e nada mais que a Bíblia. Não me diz respeito elaborar credos; senão que suplico que esquadrinhem as Escrituras, porque elas são a palavra de vida.

Deus disse: “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei”. Duvidam de sua grandeza? Crêem que não são dignas da atenção de vocês? Homem, penses por um momento, onde te encontras agora?

“Eis aqui, num estreito pedaço de terra,
Na metade de mares sem limites;
Uma polegada de tempo, o espaço de um momento,
Pode me alojar naquele lugar celestial,
Ou me encerrar no inferno”.

Recordo que uma vez estava na paria, numa estreita faixa de terra, sem me preocupar que a maré pudesse subir. As ondas lavavam constantemente ambos os lados, e envolto em meus pensamentos, permaneci ali por um longo tempo. Quando quis regressar, encontrei-me ante uma dificuldade: as ondas tinham cortado o caminho. Da mesma maneira, todos nos caminhamos cada dia por uma estreita senda, e há uma onda que sobe cada vez mais; vejam, como está perto de seus pés; e, veja! outra se aproxima a cada tic-tac do relógio: “Nossos corações, como surdos tambores, estão redobrando marchas fúnebres a caminho da sepultura”. Cada momento que vivemos é um avanço para a sepultura. Porém, este Livro me diz que, se sou convertido, quando morrer, receberei um céu de gozo e amor; os anjos me esperarão com seus braços abertos, e eu, levado pelas potentes asas dos querubins, ultrapassarei o relâmpago e me elevarei para além das estrelas, ao trono de Deus, para morar ali para sempre.

“ Longe de um mundo de pecado e dor,
Morarei ali sempre com Deus.

Oh!, isto faz com que meus olhos derramem lágrimas quentes, isto faz com que meu coração se torne grande demais para o meu peito, e meu cérebro gire ante um só pensamento de:

“Jerusalém, meu lugar feliz,
Teu nome é sempre doce para mim”.

Oh! essa doce cena mais acima das nuvens; doces campos revestidos de verde vivo e rios de delícia. Não são estas coisas grandiosas? Porém então, pobre alma não regenerada, a Bíblia diz que, se tu estás perdido, tu estás perdido para sempre; disse-te que se morres sem Cristo, sem Deus, não há esperança para ti; que há um lugar sem nenhum raio de esperança, onde lerás gravadas com letras de fogo: “tu conhecias teu dever, porém não o cumpriste”; elas te diz que serás lançado de Sua presença com um: “Apartai de mim, maldito”. Acaso não é grandioso tudo isto? Sim, senhores, assim como o céu é desejável, assim como o inferno é terrível, assim como o tempo é breve, assim como é eternidade infinita, assim como a alma é preciosa, assim como a dor deve ser evitada, assim como o céu deve ser buscado; assim também Deus é eterno e como Suas palavras são certas, estas coisas são grandiosas; são coisas que vocês devem escutar.


III. Nosso último ponto é: O TRATAMENTO QUE A POBRE BÍBLIA RECEBE NESTE MUNDO. A Bíblia é considerada como uma coisa estranha. O que significa a Bíblia ser considerada como uma coisa estranha? Em primeiro lugar, quer dizer que é completamente alheia a muitas pessoas, porque nunca a lêem. Recordo que, em certa ocasião, eu estava lendo a sagrada história de Davi e Golias, e estava uma pessoa presente, de idade avançada, que me disse: “Meu Deus! Que história interessante; em que livro está?”.

Também me vem à memória outra pessoa que, falando comigo em privado, lhe falei acerca de sua alma, e ela me disse quão profundo era seu sentimento, já que tinha enormes desejos de servir ao Senhor, porém encontrava outra lei em seus membros. Eu abri em Romanos e li: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico”. Ela disse: “Isto está na Bíblia? Eu não sabia disso”. Não a culpei por sua falta de interesse na Bíblia até então; porém eu não poderia deixar de me maravilhar em encontrar pessoas que não soubessem nada sobre tal passagem. Ah! Vocês sabem mais acerca dos livros de contabilidade de seus negócios do que sobre a Bíblia; mais acerca dos diários de suas vidas do que sobre o que Deus escreveu. Muitos de vocês podem ler um romance do princípio ao fim, e que proveito tiram disso? Um bocado de pura espuma ao ter terminado.

Porém, não podem ler a Bíblia; este manjar sólido, perdurável, substancioso e que satisfaz, permanece sem ser provado, guardado no armário da negligência; enquanto tudo quando o homem escreve, capturado diariamente, é devorado com avidez. “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”. Vocês nunca a leram. Tenho essa dura acusação contra vocês. Talvez vocês respondam que não devo culpar-lhes por uma coisa assim; porém, sempre penso que mais vale ter uma opinião pior de vocês, do que uma demasiadamente boa. Culpo-lhes disto: vocês nunca lêem sua Bíblia. Alguns de vocês nunca a leram completamente, e seu coração lhe diz que o que estou dizendo é verdade. Não sois leitores da Bíblia. Vocês afirmam que têm uma Bíblia em casa: acaso penso que são tão pagãos que não tenham uma Bíblia em casa? Porém, quando foi a última vez que a leram? Como sabem que os óculos que perderam há três anos atrás, não estão na mesma gaveta da Bíblia? Muitos de vocês não têm lido nem uma só página desde há muito tempo, e Deus poderia dizer-lhes: “[Eu] escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha”.

Há outros que lêem a Bíblia, porém quando a lêem, dizem que é terrivelmente árida. Aquele jovem que está lá diz que ela é muito “enfadonha”; essa é a palavra que ele usa. Ele diz: “Minha mão me disse: quando for à cidade, leia um capítulo todo dia. E eu prometi para agradá-la. Oxalá não houvesse feito. Não li nenhum capítulo, nem ontem nem antes de ontem. Estive muito ocupado. Não pode evitá-lo”. Tu não amas a Bíblia, não é verdade? “Não, não encontro nela nada interessante”. Ah! isso é o que eu pensava também. Mas, há pouco tempo atrás, eu não podia ver nada nela. Sabes por que? Porque os cegos não podem ver, podem? Porém, quando o Espírito toca as escamas dos olhos, estas caem, e quando Ele põem colírio nos olhos, a Bíblia se torna preciosa.

Recordo de um ministro que foi um dia visitar uma senhora, já anciã, e se propôs de levar-lhe o consolo de algumas das preciosas promessas da Palavra de Deus. Buscando, encontrou na Bíblia da senhora, escrito na margem, um “P”, e perguntou: “Que significa isto?” “Isto quer dizer preciosa, senhor”. Pouco mais adiante descobriu um “P” e um “E”, escritos juntos, e voltou a perguntar seu significado, e ela lhe respondeu: isto quer dizer 'provada e experimentada', porque eu já a provei e já a experimentei”. Se vocês já provaram e experimentaram a palavra de Deus, se é preciosa para suas almas, então vocês são cristãos; porém, essas pessoas que desprezam a Bíblia, “não têm parte nem sorte neste assunto”. Se lhes parece árida, vocês estarão áridos no final, no inferno. Se não a estimam como algo melhor que seu alimento diário necessário, não há nenhuma esperança para vocês, porque carecem da maior evidência de seu Cristianismo.

Porém, ah!, ah!, o pior está por vir. Há pessoas que odeiam a Bíblia, e também a desprezam. Acaso temos algumas dessas pessoas aqui? Alguns de vocês disseram: “Vamos ouvir o que o jovem pregador tem a dizer”. Pois bem, isto é o ele tem para vos dizer: “Vede, ó desprezadores, admirai-vos e desaparecei” (Atos 13:41). Isto é o ele tem para vos dizer: “Os ímpios serão lançados no Inferno, e todas as que se esquecem de Deus” (Salmos 9:17). E também tem que vos dizer isto: “Nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências” (2 Pedro 3:3). Porém mais ainda, lhes diz hoje que se querem ser salvos, devem encontrar a salvação aqui.

Portanto, não menosprezem a Bíblia: esquadrinhe-la, leiam-na, venham até ela. Repouse com certeza, oh zombador, que tuas gargalhadas não podem alterar a verdade, nem tuas zombarias podem te livrar da condenação inevitável. Ainda que em tua dureza fizesses um pacto com a morte e firmasses um trata com o inferno, ainda assim, a veloz justiça te alcançaria, e a poderosa vingança te fulminaria. Em vão zombas e ridicularizas, pois as verdades eternas são mais poderosas que todos teus sofismas; teus engenhosos ditos não podem alterar a verdade divina de uma só palavra deste volume de Revelação. Oh! Por que contende com teu melhor amigo e maltrata teu único refúgio? Ainda há esperança para o zombador. Esperança nas veias do Salvador. Esperança na misericórdia do Pai. Esperança na obra onipotente do Espírito Santo.

Terminarei quando tiver dito mais uma palavra. Meu amigo, o filósofo, diz que é muito bom que eu exorte as pessoas a lerem a Bíblia; porém, ele pensa que há outras muitas ciências grandiosas, mais interessantes e úteis que a teologia. Muito agradecido senhor, por sua opinião. A que ciência você se refere? À ciência de dissecar escaravelhos e colecionar mariposas? “Não, certamente não é a essa”. À ciência de analisar as rochas e de tomar mostras da terra e falar-nos de seus diferentes extratos? “Não, tampouco a essa precisamente”. À que ciência, pois? Ele me responde: “Todas as ciências em geral são mais importantes que a Bíblia”. Ah! senhor, essa é sua opinião, e fala dessa maneira porque estás longe de Deus. Pois a ciência de Jesus Cristo é a mais excelente das ciências. Que ninguém deixe a Bíblia porque não é um livro culto e de sabedoria. Ela o é. Querem saber de astronomia? Aqui está: Ela fala do Sol da Justiça e da Estrela de Belém. Querem saber de botânica? Aqui está: Ela fala de algumas de renome: o Lírio dos Vales e a Rosa de Saron. Querem saber de geologia e mineralogia? Podem aprender isso na Bíblia: podem ler acerca da Rocha dos Séculos e da Pedrinha Branca com um novo nome gravado, o qual ninguém conhece, senão aquele que o recebe. Querem estudar história? Aqui estão os anais mais antigos do gênero humano. Qualquer que seja a ciência de que se trate, venham e busquem-na neste livro. Essa ciência está aqui. Venham e bebam desta formosa fonte de conhecimento e sabedoria, e descobrirão que serão feitos sábios para salvação. Sábios e ignorantes, crianças e homens, cavalheiros de cabelos brancos, jovens e moças — a vocês falo, lhes peço e lhes suplico: respeitem suas Bíblias e esquadrinhem-nas, porque nelas vós pensais ter a vida eterna, e são elas que dão testemunho de Cristo.

Terminei. Voltemos para casa e ponhamos em prática tudo quanto ouvimos. Conheço uma senhora que, quando lhe foi perguntado sobre o que recordava do sermão do pastor, disse: “Não recordo nada do mesmo. Era sobre pesos falsos e medidas fraudulentas, e eu não recordo nada, exceto de que quando cheguei em casa, tive que queimar minhas medidas de grão”. Assim, se vocês recordarem, quando chegarem em suas casas, de queimar suas medidas de grão; se recordarem, quando chegarem em suas casas, de lerem a Bíblia, eu terei dito o suficiente. Queira Deus, em Sua infinita misericórdia, quando lerem a Bíblia, por em suas almas os raios iluminadores do Sol da Justiça, pela obra do sempre adorável Espírito; deste modo, tudo quanto lerem será de proveito e para salvação.

Podemos dizer da BÍBLIA:

“És o gabinete do conselho revelado de Deus!
Onde venturas e angústias estão de tal maneira ordenadas
Que todo homem sabe o que lhe corresponderá
Exceto por seu próprio erro ou falsa aplicação

És o índice da eternidade.
Não poderá deixar de receber a eterna felicidade.
Quem se guie por este mapa,
Nem pode se equivocar quem fale por ele.

É o livro de Deus. Quero dizer
É o Deus dos livros, e peço que aquele que olhe
Com ira para essa expressão, como muito ousada,
Abafe seus pensamentos em silêncio, até encontrar outra”.


NOTAS DO TRADUTOR:

[1] - Latitudinarismo: liberdade de opinião, especialmente em assuntos pertencentes às crenças religiosas.


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FONTE: www.monergismo.com
Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 18 de Novembro de 2004.

Reforma Radical

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