O progresso que se percebe na santificação do verdadeiro crente não resulta de sua força de vontade ou grau de dedicação. Não é algo que acrescenta à fé para que seja salvo, mas é resultado de sua fé. O Deus que o justificou também o regenerou e tornou nova criatura, com novos afetos e renovado poder para viver de maneira piedosa diante de Deus. Conforme escreveu o apóstolo Pedro: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2Pedro 1.3).
Em Jeremias 32.40–42, encontramos uma das mais surpreendentes promessas de toda a Escritura. Na verdade, a expressão só é encontrada aqui e em nenhum outro lugar. Pelo profeta Jeremias, Deus promete operar em nossa santificação “de todo coração e de toda a alma.” Tal declaração antropomórfica não ensina que existam semelhanças fisiológicas entre Deus e o homem, mas que ele extrairá de seus inesgotáveis recursos da divindade para realizar seus propósitos em seu povo. Isso nos diz que para Deus, a santificação e glorificação final não são questões triviais, mas de tamanha importância que ele promete empregar a plenitude de sua divindade para assegurar que se realizem! É maravilhosamente incrível que Deus tenha criado e sustenha o universo por uma palavra, e ainda prometa trabalhar pela santificação e glorificação final do crente com a inteireza de sua pessoa e seu poder.
Esta declaração singular tem uma aplicação dupla, como uma promessa que instila esperança e advertência que evoca temor. Para o crente é uma promessa. Até mesmo o mais forte entre nós luta contra o pecado e o desânimo que o acompanha. Temos necessidade constante de ver a linha final da corrida e sermos assegurados de que chegaremos ao fim com vitória. Precisamos algo mais que uma mentalidade do “trenzinho que disse eu consigo”. Precisamos da confiança além de nossa determinação e persistência. Precisamos da ajuda de alguém maior que nós, cuja força é infinita, tanto quanto sua misericórdia, e cujo caráter é da maior estirpe. Precisamos de um Deus que “opera todas as coisas conforme o conselho de sua vontade”, e aperfeiçoa toda obra que iniciou. É, portanto, maior encorajamento saber que o autor e consumador de nossa fé tenha prometido cumprir nossa salvação. Ainda que varie a velocidade e o grau do progresso na fé de pessoa a pessoa. Ainda que alguns corram ao topo do monte enquanto outros caminhem somente em regiões mais baixas, todos crescerão, todos obterão notável progresso na fé, todos serão conformados, em graus diferentes, à imagem de Jesus Cristo.
De maneira correspondente, este texto é também grande advertência aos que não progridem na fé, mas ficam estagnados; que mantêm uma forma de piedade, mas negam seu poder; que chamam pelo nome do Senhor, mas não possuem consagração interna, piedade autêntica, nem a procura da santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor. É um aviso a todos de que a árvore se conhece pelos frutos, o livro é avaliado por sua capa, e a evidência da justificação é a obra contínua da santificação. Deus jurou por si mesmo em prol da santificação e glorificação final do crente. Assim, os que professam Cristo, no entanto demonstram pouca ou nenhuma evidência da obra transformadora da divina providência estarão construindo suas casas sobre areia: “São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do ímpio perecerá. A sua firmeza será frustrada, e a sua confiança é teia de aranha. Encostar-se-á à sua casa, e ela não se manterá, agarrar-se-á a ela, e ela não ficará em pé” (Jó 8.13–15).
Que o crente que luta se console; que o membro de igreja que se encontra apático seja advertido. A grande evidência da verdadeira conversão é a obra contínua de Deus de santificação em nossas vidas. Se fomos salvos pela graça mediante a fé: “Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8–10). A evidência de que Deus começou boa obra em nós é que ele continua essa obra até o dia final.
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Fonte: Trecho do Livro "Chamado ao Evangelho e a Verdadeira Conversão", de Paul Washer, lançamento da Editora Fiel de março de 2014.
EDITORA FIEL
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
Em Jeremias 32.40–42, encontramos uma das mais surpreendentes promessas de toda a Escritura. Na verdade, a expressão só é encontrada aqui e em nenhum outro lugar. Pelo profeta Jeremias, Deus promete operar em nossa santificação “de todo coração e de toda a alma.” Tal declaração antropomórfica não ensina que existam semelhanças fisiológicas entre Deus e o homem, mas que ele extrairá de seus inesgotáveis recursos da divindade para realizar seus propósitos em seu povo. Isso nos diz que para Deus, a santificação e glorificação final não são questões triviais, mas de tamanha importância que ele promete empregar a plenitude de sua divindade para assegurar que se realizem! É maravilhosamente incrível que Deus tenha criado e sustenha o universo por uma palavra, e ainda prometa trabalhar pela santificação e glorificação final do crente com a inteireza de sua pessoa e seu poder.
Esta declaração singular tem uma aplicação dupla, como uma promessa que instila esperança e advertência que evoca temor. Para o crente é uma promessa. Até mesmo o mais forte entre nós luta contra o pecado e o desânimo que o acompanha. Temos necessidade constante de ver a linha final da corrida e sermos assegurados de que chegaremos ao fim com vitória. Precisamos algo mais que uma mentalidade do “trenzinho que disse eu consigo”. Precisamos da confiança além de nossa determinação e persistência. Precisamos da ajuda de alguém maior que nós, cuja força é infinita, tanto quanto sua misericórdia, e cujo caráter é da maior estirpe. Precisamos de um Deus que “opera todas as coisas conforme o conselho de sua vontade”, e aperfeiçoa toda obra que iniciou. É, portanto, maior encorajamento saber que o autor e consumador de nossa fé tenha prometido cumprir nossa salvação. Ainda que varie a velocidade e o grau do progresso na fé de pessoa a pessoa. Ainda que alguns corram ao topo do monte enquanto outros caminhem somente em regiões mais baixas, todos crescerão, todos obterão notável progresso na fé, todos serão conformados, em graus diferentes, à imagem de Jesus Cristo.
De maneira correspondente, este texto é também grande advertência aos que não progridem na fé, mas ficam estagnados; que mantêm uma forma de piedade, mas negam seu poder; que chamam pelo nome do Senhor, mas não possuem consagração interna, piedade autêntica, nem a procura da santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor. É um aviso a todos de que a árvore se conhece pelos frutos, o livro é avaliado por sua capa, e a evidência da justificação é a obra contínua da santificação. Deus jurou por si mesmo em prol da santificação e glorificação final do crente. Assim, os que professam Cristo, no entanto demonstram pouca ou nenhuma evidência da obra transformadora da divina providência estarão construindo suas casas sobre areia: “São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do ímpio perecerá. A sua firmeza será frustrada, e a sua confiança é teia de aranha. Encostar-se-á à sua casa, e ela não se manterá, agarrar-se-á a ela, e ela não ficará em pé” (Jó 8.13–15).
Que o crente que luta se console; que o membro de igreja que se encontra apático seja advertido. A grande evidência da verdadeira conversão é a obra contínua de Deus de santificação em nossas vidas. Se fomos salvos pela graça mediante a fé: “Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8–10). A evidência de que Deus começou boa obra em nós é que ele continua essa obra até o dia final.
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Fonte: Trecho do Livro "Chamado ao Evangelho e a Verdadeira Conversão", de Paul Washer, lançamento da Editora Fiel de março de 2014.
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