Você e eu somos pessoas que havemos sido, chamados por Deus do presente mundo mau. Fomos adquiridos pelo preço do sangue do unigênito Filho de Deus derramado numa cruz, na colina do Calvário, não apenas para que recebêssemos o perdão e pudéssemos ir para o Céu, mas para que fôssemos libertos de todo pecado e iniquidade, e para que Ele purificasse «para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras» (Tito 2.14) . . .sempre que surja alguma perplexidade ou alguma coisa que tenda a sacudi-lo, tome-a e coloque-a sob essa luz. . .
Não importa em que nível resistimos a esse inimigo de nossas almas, não importa quão baixo seja o nível, desde que resistamos. . . esse homem (Salmo 73) resistia num nível bem baixo. Apoiou-se simples¬mente num princípio: «Se eu fizer isso, ofenderei esse povo ...» Não me preocupa quão baixo seja o nível. Tão logo você encontre algo que o segure, utilize-o. . . Firme-se em qualquer ponto possível. . .
O assunto se resume nisto: quando seus pés resvalam, a única coisa de que você precisa é poder estar firme. Pare de escorregar e deslizar. Mantenha firmes os seus pés por um momento e aferre-se a qualquer coisa que se ofereça para este fim; fírme-se nisso e permaneça ali. Estamos engajados num alpinismo espiritual. As ladeiras são como vidro, e você pode escorregar ravina abaixo e perder-se. Digo, pois, que se você vir algum perigo, ainda que seja um pequenino broto, agarre-se a ele, segure-o, ponha os seus pés no mais diminuto buraco, ou na mais estreita borda, qualquer coisa que lhe sirva para firmar-se e que o capacite a parar um pouco. Uma vez que você tenha parado de escorregar e cair, poderá recomeçar a subir. Foi porque o salmista achou aquele pequeno ponto de apoio e nele fincou os pés, que ele parou de escorregar. E a partir daquele instante começou de novo o maravilhoso processo de escalar, até que eventualmente viu-se capaz de regozijar-se mais uma vez com o conhecimento de Deus, e até de compreender o problema que o deixara perplexo.
Faith on Trial, p. 30,1.
FONTE: http://www.martynlloyd-jones.com
Postar um comentário