A Onipresença de Deus - Stephen Charnock

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A Onipresença de Deus - 
Stephen Charnock (1628–1680)
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Nos dias do profeta Jeremias, os falsos profetas abundavam com promessas de paz e segurança. Eles falavam como se Deus nada soubesse a respeito dos pecados cometidos pela nação, especialmente Judá. Deus os desafia em seus erros ao perguntar no capítulo 23, verso 24: Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR.

Deus defende o Seu conhecimento de tudo o que eles estavam fazendo baseado na Sua onipresença. Não é somente o Seu poder e a Sua autoridade que preenche todo o céu e toda a terra, mas a Sua própria essência. Ele está presente em todos os lugares, e não há nenhum lugar em que Deus não esteja.

Se Deus existe, Ele deve estar em algum lugar. De acordo com as Escrituras, Ele está em toda a parte. Como Deus não é limitado pelo tempo, assim também Ele não é limitado pelo espaço. Entretanto, o pensamento natural do homem muitas vezes limita a presença de Deus a um determinado lugar, tal como o templo dos Judeus, as montanhas, mas não nos vales. Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes, por isso foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em campo raso, e por certo veremos, se não somos mais fortes do que eles! (I Reis 20: 23).

A fim de corrigir nosso pensamento, vamos considerar algumas proposições básicas a respeito da onipresença de Deus.

I. PROPOSIÇÕES GERAIS.

Proposição 1. Precisamos entender o que este atributo não é. Deus não é limitado pelo espaço como nós somos. Sua natureza não conhece limites. Quando nos é dito que Ele está presente em determinado lugar, não é porque esteja ausente de outro. Assim como não existe nenhum lugar sem a presença de Deus, assim também lugar algum pode contê-lo.

Proposição 2. Há uma onipresença influente de Deus. Simplesmente pela virtude de ser o Criador, Deus está em todo lugar. Nada poderia continuar a existir sem o Seu sustento providencial. A continuidade de qualquer coisa implica em Sua presença junto a ela.

É claro que Ele está presente de outras maneiras mais específicas. Deus está presente em cada criatura enquanto esta cumpre o seu propósito com a capacidade conferida por Ele. Deus está perto das criaturas racionais, dotadas de uma alma. Ele compartilha de Sua graciosa presença com os Seus remidos. Ele se faz presente em Suas igrejas. Ele está presente até mesmo no inferno, castigando os perdidos. De muitas maneiras pode-se dizer que Deus enche os céus e a terra.

Proposição 3. Há uma onipresença essencial de Deus. Já que Ele dá a toda criação o seu lugar próprio, então Ele está em cada um desses lugares, pois não poderia dar aquilo que Ele não tem.

Como o tempo é apenas um breve momento na eternidade de Deus, assim os lugares não passam de um ponto para a Sua essência. Ele é tanto mais amplo que o tempo quanto mais vasto que o espaço. Muitas pessoas tem uma idéia a respeito da presença de Deus que faz com que Ele não passe de uma estátua viva, movendo-se de um lugar para o outro. Mas o salmista corrige o nosso pensamento ao perguntar: Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar; Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá (Salmo 139: 7-10).

Se Deus está em todo lugar, concluímos então que Ele está com todas as criaturas que habitam nesses lugares. Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração (Atos 17: 27-28). Em certo sentido, a essência Divina está presente com todas as criaturas no céu, na terra, e no inferno. De fato, esta presença não é a sua graciosa e salvadora presença, a qual é limitada de acordo com a Sua vontade. Num sentido mais amplo, poderíamos dizer que o mundo está mais nEle do que Ele no mundo. O Criador contém o mundo, mas o mundo não contém o Criador.

Nós deveríamos entender que a onipresença de Deus não quer dizer que Ele se misture com a criação, mudando assim a Sua essência. Ele também não se divide, ficando uma parte no céu e outra na terra. A simplicidade da Sua natureza não permite qualquer divisão. Do mesmo modo, Ele também não se multiplica a si mesmo a fim de estar presente em todos os lugares, pois um ser infinito não pode ser ampliado. Nem a Sua essência se espalha como uma camada fina, assim como o ouro batido, a fim de cobrir todos os lugares. Antes, Ele está totalmente presente, tanto num lugar quanto no outro.

Proposição 4. Deus está presente além do mundo. O universo em si não limita a Sua onipresença, pois Ele não está confinado à Sua criação. Assim como Ele é mais amplo do que o tempo, assim também Ele é mais amplo do que o espaço. Em I Reis 8: 27, Salomão orou assim: Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado. Deus não pode ser restrito a um único lugar depois da criação, mais do que era antes da criação.

Proposição 5. A onipresença é uma qualidade exclusiva de Deus e incomunicável a qualquer outra coisa criada. De outro modo, uma criatura onipresente se igualaria a Deus, o que neste caso não só é impossível, quanto contrário às escrituras. Nem mesmo a natureza humana do Deus-homem, o Senhor Jesus Cristo, é onipresente.

II. PROVAS DA ONIPRESENÇA DE DEUS.

Primeira, a infinitude de Deus prova a Sua onipresença. Ele não tem limites e nem partes, portanto, está presente em todos os lugares. Todas as perfeições de Deus são infinitas: Grande é o SENHOR, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inescrutável (Salmo 145: 3). Ele não poderia ser infinito em todos os aspectos se não fosse onipresente, pois isso corromperia todas as outras perfeições. Poderíamos então falar da limitação do Seu poder e sabedoria, assim como da limitação de Sua presença.

Segunda, a operação contínua de Deus neste mundo prova a Sua onipresença. Ele providencialmente preserva a Sua criação. Se Ele se recolhesse, todas as coisas deixariam de viver, mover, e existir. Até as causas secundárias, através das quais Ele normalmente opera, dependem dEle.

Terceira, a suprema perfeição de Deus prova a Sua onipresença. Da mesma maneira que aquilo que tem vida é mais perfeito do aquilo que não tem, assim também aquilo que está presente em todos os lugares é mais perfeito do que aquilo que está limitado somente a um lugar. Onipresença é a perfeição da localização. Não há poder acima de Deus que o restrinja a um determinado lugar. Nem Ele pode restringir a si mesmo a qualquer lugar, pois isso equivaleria a negar a si mesmo as suas próprias perfeições.

A humanidade foi criada na imagem e semelhança de Deus. Quando vemos qualquer excelência no homem, isso é apenas uma prova da perfeição que é inerente a Deus. O salmista (Salmo 94: 9) pergunta: Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?

Sendo assim, na medida em que é uma excelência para o homem ocupar um determinado lugar, é de suprema perfeição para Deus ocupar todos os lugares.

Quarta, a imutabilidade de Deus prova a Sua onipresença. Se Ele se mudasse de um lugar para o outro, Sua localização também mudaria. Mas Deus não pode mudar, como já consideramos anteriormente.

Quinta, a onipotência de Deus prova a Sua onipresença. Se Deus desejasse, poderia criar milhões e milhões de mundos. Ele tem poder para isso. E o Seu poder não é maior do que a Sua essência. Assim como não conseguimos conceber os limites do Seu poder, assim também não conseguimos conceber os limites de Sua presença. Na medida em que Deus criou todos os lugares, Ele também preenche a todos eles. Não há lugar criado por Deus que Ele agora se encontre fora dele.

III. OBJEÇÕES RESPONDIDAS.

Essa doutrina não é enfraquecida pelas declarações das Escrituras de que Deus habita nos céus e no templo? Nenhuma dessas passagens diz que Ele habita somente nestes lugares. O céu é a corte da Sua majestosa presença, e não a prisão de Sua essência. Ali Ele reina sem qualquer oposição ao Seu governo. Ali Ele faz as maiores revelações de si mesmo para a criação racional. É dali que Suas bênçãos descem à terra. Ele habita no céu em relação à expressão da Sua glória; Ele habita no inferno em relação à expressão da Sua justiça; Ele habita na terra para demonstração da Sua sabedoria, poder, e paciência; Ele habita com o povo como um monumento da Sua graça; Ele habita em tudo em relação à Sua substância.

O Velho Testamento vai mais longe quando fala a respeito de Deus habitando no templo e na arca da aliança. Mas Ele não poderia habitar na terra e no céu ao mesmo tempo se não fosse onipresente. Em cada exemplo, era a mesma essência, embora em diferentes manifestações.

Esta doutrina não fica desacreditada por Deus estar presente com as Suas criaturas mais inferiores?

Uma vez que a Sua dignidade não foi diminuída ao criá-los, esta também não será diminuída por Sua presença neles. De outro modo, Ele poderia nunca tê-los criado. Tudo o que Ele fez foi muito bom (Gênesis 1: 31). Se Deus porventura criasse algo de que mais tarde se envergonhasse, Ele diminuiria o Seu próprio caráter, e contestaria a Sua própria sabedoria.

Se Deus está em todas as coisas, então todas são Deus? Não, a doutrina não ensina que Deus está em todos os lugares através da conjunção, composição, ou mistura. Assim como o sol brilha nos objetos, mas não se torna um com eles, assim Deus não se mistura com aquilo que Ele toca. Se todas as coisas fossem Deus, então Ele perderia a Sua distinção de caráter, e nada, exceto Deus, existiria. Ele não poderia habitar em nada, pois tão logo Ele criasse alguma coisa, esta se tornaria Deus. Entretanto, o infinito e o finito não podem ser assim juntados. Até na encarnação da Segunda Pessoa da divindade, a natureza humana e a divina permaneceram distintas. Assim como o peixe se move na água, mas não é água, e nós vivemos e nos movemos no ar, mas não somos ar, assim também Deus está em todo lugar, mas permanece distinto de todos eles.

Se Deus está em todo lugar, podemos adorar a qualquer coisa criada por Ele e não sermos culpados de idolatria?

Este argumento tem sido usado para justificar a idolatria, e aqueles que argumentam contra isso, o fazem porque negam totalmente a onipresença de Deus. Mas a resposta correta é a mesma que demos acima, ou seja, a natureza dos objetos criados permanece distinta da natureza do Criador que está presente em todas elas. Admitir a idolatria com base nisso, é como honrar ao servo que escolta o príncipe ao invés do próprio príncipe. Não passa de traição.

Deus não se torna impuro por estar presente em criaturas impuras? Se isso fosse verdade, então o Seu poder ficaria contaminado por ter criado a todos eles, pois tudo é dEle, a despeito do seu estado de criado ou de caídos. A impureza não pode atingir a Deus. O espírito do homem fica contaminado pelas doenças do corpo no qual ele habita? O brilho dos raios do sol pode ser contaminado pelo lixo? Repetimos, não há mistura alguma entre a natureza de Deus e a natureza das coisas criadas onde Ele habita.

O que podemos aprender deste atributo?

I. INFORMAÇÃO.

Cristo tem uma natureza divina. Ele é mais do que um mero homem. Ele disse a Nicodemos: Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu (João 3: 13). Note que Ele fala no tempo presente. Enquanto estava aqui na terra falando com Nicodemos, e possuindo uma natureza humana, estava ausente do céu, no que diz respeito a Sua natureza divina. João 1: 10 diz: Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele.

Ele estava no mundo como Deus antes de estar como homem. Além disso, Ele prometeu que estaria presente com o seu povo todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28: 20). Isso só é possível por causa da Sua onipresença, portanto, Ele é Deus.

Este atributo concorda com o modo de existência espiritual de Deus. Se o Deus onipresente tivesse um corpo físico, não haveria lugar para ninguém mais. Mas sendo Espírito, Deus penetra e age em tudo.

Este atributo prova a providência divina. Se Deus está em todo lugar, então Ele está envolvido e interessado em tudo o que acontece. É inconcebível que Sua presença não tenha propósitos determinados.

Este atributo prova a onisciência de Deus. Porque Ele é um ser inteligente, e está presente em todo lugar, Ele necessariamente tem que saber de tudo. Considere mais uma vez Jeremias 23: 24: Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR. A paciência de Deus com o pecador não é devido a qualquer tipo de ignorância de Sua parte quanto ao pecado deste. Ele vê todo pecado bem de perto, e não tem como evitar isso.

Este atributo defende a incompreensibilidade de Deus. Nada é mais presente do que Deus, e nada é mais oculto. Ele nos entende, mas nós não o compreendemos. Ele é conhecido pela fé, desfrutado pelo amor, mas incompreendido pela mente. Somente Ele conhece totalmente a si mesmo.

Deus é grande e maravilhoso, mas nós somos nada. Há uma imensa desproporção entre Deus e a criação. Nós somos limitados, finitos, impuros, fracos, tolos, e pequenos. Que coisa pequena, pequeníssima, somos nós para Deus! Se os anjos escondem seus rostos diante dEle, não deveríamos nós, vermes rastejantes, nos humilhar perante Ele? Quando alguém olha de relance o oceano, é tomado pela sua imensidão. Da mesma forma, nós deveríamos ficar extasiados de admiração ao meditarmos na imensidão de Deus.

Este atributo é muitas vezes esquecido ou desprezado. Aqui vemos mais uma vez o ateísmo. Falando de modo prático, as pessoas vivem como se Deus não estivesse presente em todos os lugares. Quão rapidamente Adão perdeu de vista a onipresença de Deus, tentando escapar da vista de Deus entre as árvores do jardim! Além disso, quantos homens bons se esquecem de Deus quando passam a temer alguma criatura, enquanto a Palavra de Deus nos diz: Não temas, pois, porque estou contigo (Isaías 43: 5); E assim com confiança ousemos dizer: O SENHOR é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem (Hebreus 13: 6).

Quantos hoje em dia desprezam este atributo ao fazerem, na presença de Deus, aquilo que temem, ou se envergonhariam de fazer diante dos olhos humanos! Isso simplesmente revela um temor maior aos homens do que a Deus, que se faz presente em todas as ocasiões. Isso é um desprezo a Deus, uma grande impiedade. Isso é como uma esposa que comete publicamente adultério contra o seu marido. Mas fizestes o que era mau aos meus olhos (Isaías 65: 12). Davi pecou secretamente, mas abertamente clamou a Deus; Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça (Salmo 51: 4). Esta consideração deveria tocar profundamente os nossos corações em virtude de todos os nossos pecados.

Este atributo deveria provocar terror nos corações do perdido. Não há nada oculto para Deus. Nenhuma obra pode ser oculta, nem mesmo os desejos envolvidos nessas obras. Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons (Provérbios 15: 3).

II. Conforto.

Esta verdade serve de muito conforto para o homem justo e de terror para o homem ímpio.

Em tempos de tentação severa, Deus não nos abandona. Quando satanás atira os seus dardos inflamados, Deus se faz presente conosco, assim como com o arqueiro! Deus está mais perto de nós do que dos seus inimigos. Para prevalecer contra nós, nossos inimigos precisariam tirar Deus de nossas vidas. Em outras palavras, eles teriam que fazer com que Ele deixasse de ser Deus, e isso nunca poderia ocorrer. No final, eles serão envergonhados, Ali se acharam em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos (Salmo 14: 5).

Em tempos de aflição severa, Deus está presente. Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti (Isaías 43: 2). BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores (Salmo 46: 1). Considere o testemunho de Paulo, o apóstolo perseguido: Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão (II Timóteo 4: 16-17).

Em todo o nosso serviço de adoração, Deus está perto, não somente em essência, mas também de uma maneira especial e graciosa. Não importa se nos reunimos em um palácio ou em uma caverna, pois Deus está lá. Quando nos prostramos em nosso aposento, Ele também está lá.

Em qualquer tarefa difícil ou chamado, a presença de Deus nos conforta. Moisés foi enviado em uma missão muito difícil, mas Deus prometeu: Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar (Êxodo 4: 12). A assistência de Deus encoraja Seus servos a trabalhar sob condições adversas.

Esta presença divina significa que os recursos de todas as perfeições de Deus estarão conosco em todos os tempos, pois Ele é simples e único. Em todos os lugares nós temos a Sua sabedoria para nos guiar, Seu poder para nos sustentar, Sua misericórdia para se compadecer de nós, Sua bondade para nos confortar. Isso deveria alegrar grandemente os nossos corações.

III. EXORTAÇÃO.

Vamos meditar muito nesta verdade. Este atributo faz que todos os outros atributos sejam aprazíveis a nossa alma. Como a graça, a sabedoria, e o poder de Deus, podem ser bons à distância para nós? Devemos fazer como Davi: Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim (Salmo 16: 8). Se não fizermos, a nossa própria vida espiritual será muito fraca. A passagem conclui: por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei. Praticar esta verdade faz com que tenhamos um profundo temor de Deus em nossos corações.

Isso será um escudo contra as tentações. Apenas um olhar para Cristo trouxe Pedro à realidade. Que homem seria tão estúpido de roubar uma casa enquanto um juiz o estivesse observando?

Isso nos impulsionaria a uma santa conduta. Jacó mudou sua maneira de enxergar: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia... Quão terrível é este lugar! (Gênesis 28: 16-17)

Isso diminuiria as distrações enquanto adoramos a Deus. Quando o professor está presente, os estudantes ocupam-se de seus livros. Quando o patrão está vigiando, os empregados não ficam ociosos.

Vamos buscar diligentemente o sentido da presença especial de Deus. Não devemos nos contentar com a mesma idéia da presença de Deus que os brutos e demônios têm. Precisamos de Sua graciosa presença para que tenhamos a verdadeira alegria em nós. Isso nos capacitará a desfrutar das coisas celestiais aqui na terra.


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Autor: Stephen Charnock 
Compilado para o seculo 21: Daniel A. Chamberlin
Tradução: Eduardo Cadete 2011 
Fonte: Palavra Prudente